Apesar de recente e ainda pouco conhecido, o Open Logistics vem ganhando força na rotina de quem trabalha na área – e não poderia ser diferente. Da mesma forma que o Open Banking está revolucionando o sistema financeiro do Brasil, apesar de sua curta existência, o Open Logistics é o nome da inovação equivalente do setor de transporte e logística.
Embora
ainda seja associado ao analógico, a processos manuais e pouco uso de
tecnologia, o ecossistema logístico vem passando por diversas e necessárias
transformações. Nos últimos anos, é possível perceber o quanto esse mercado vem
se reformulando para alcançar resultados melhores, garantindo mais eficiência,
menores custos, maior produtividade e otimização de tomadas de decisão.
Com
a aceleração da globalização e a consequente abertura dos mercados a novos
competidores regionais e mundiais, qualidade e custo nunca foram tão
importantes para manter a competitividade. Além disso, com a ascensão cada vez
maior do poder e da voz do cliente, o mercado tem se tornado ainda mais
exigente: além de alta qualidade e baixo custo, hoje uma boa experiência é um
ponto de extrema relevância para as empresas, transformando o serviço logístico
num elemento-chave na relação cliente-fornecedor.
Prazos
de entrega mais curtos, experiência de alto nível e excelência em qualidade:
como garantir tudo isso quando há cada vez mais atores envolvidos na cadeia
logística, as informações acabam não chegando onde deveriam chegar e as
empresas não conseguem ter visão completa de suas operações? O Open Logistics é
a resposta.
Se o
Open Banking nasceu para tornar possível o compartilhamento seguro de dados
entre instituições financeiras, o Open Logistics segue a mesma lógica, sendo,
portanto, um conjunto de tecnologias que têm como objetivo viabilizar a
verdadeira digitalização logística. Por verdadeira digitalização, me refiro ao uso
da tecnologia em toda sua potência, isto é, permitir que as empresas, ao
digitalizar seus processos, consigam se conectar com seus parceiros de negócio
dentro do ecossistema logístico, promovendo mais transparência e colaboração
entre todos eles ao facilitar a troca de dados em tempo real e o uso de
inteligência preditiva.
Por
meio do Open Logistics, as operações podem ser totalmente orquestradas, porque
é possível conectar sistemas e diferentes setores operacionais, integrando e
centralizando todos os dados e informações em tempo real em um só lugar.
Digitalizando e reinventando processos, garantindo uma conexão direta entre
todos os atores envolvidos na cadeia logística por meio de APIs (Interface de
Programação de Aplicação), que possibilitam que sistemas e aplicações
compartilhem dados entre si, as empresas aumentam sua eficiência, reduzem
custos e ganham mais agilidade, flexibilidade e escalabilidade para as rotinas
operacionais.
Open
Logistics não é sobre futuro, já é o presente. Chegou a hora de derrubar muros
e construir pontes. Não há mais espaço para sistemas desconectados que operam
de forma independente e solucionam apenas parte dos problemas. Para superar os
desafios da cadeia logística em nosso país, precisamos pensar e trabalhar
juntos, como parceiros. É isso que o Open Logistics propõe e é esse o convite
que faço a todos que, assim como eu, acreditam que é possível transformar a
realidade operacional do ecossistema logístico e obter eficiência em escala
através de colaboração e tecnologia.
Bruno
Pelikan - CEO da Rabbot
Rabbot - plataforma de automação e orquestração do
ecossistema de frotas.
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