Professor do curso de Medicina da
UNICID explica a presença da enfermidade em diversas pessoas que foram
infectadas pelo vírus da Covid-19
Mesmo com a chegada das vacinas, o
coronavírus continua circulando pelo Brasil, e apesar do número de mortes ter
sido reduzido consideravelmente, as sequelas da enfermidade ainda afetam
diversas pessoas, um grande exemplo é a presença das doenças cardiovasculares.
Segundo o cardiologista e professor do
curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo -- UNICID,
Fernando Sergio Oliva de Souza, as condições cardiovasculares evidenciadas nos
pacientes com COVID-19 resultam de vários mecanismos que vão desde lesões
diretas pelo vírus até complicações secundárias à resposta inflamatória e
trombótica, desencadeadas pela infecção.
“Tem se
observado que pacientes infectados por Covid, mesmo os com sintomas leves,
podem desenvolver miocardite, ou seja, possuem maior chance de apresentarem
infarto agudo do miocárdio e tromboembolismo pulmonar, mesmo algumas semanas
após a infecção”, explica.
Outra doença
cardiovascular que tem sido diagnosticada com mais frequência, mesmo nos
pacientes sem fatores de risco, segundo Fernando, é a hipertensão arterial
sistêmica, que também atinge pessoas que foram infectadas pelo vírus. O
especialista ressalta que a incidência ainda é considerada baixa. Porém, quando
não tratada adequadamente, as doenças podem levar a um quadro de insuficiência
do órgão, influenciando tanto na qualidade como na quantidade de vida.
“Nenhuma faixa etária
está livre desse tipo de sequelas, no entanto, pacientes que apresentaram
alguma comorbidade, doença cardiovascular prévia ou ainda que desenvolveram a
forma mais grave da enfermidade, estão mais predispostos a desenvolverem estas
complicações”, comenta.
A Covid-19 é capaz de
ocasionar diversos efeitos posteriores e se tratando dos distúrbios
cardiovasculares, o professor do curso de Medicina da UNICID, explica que até o
momento, não existe tratamento profilático que evite este tipo de sequelas nos
pacientes que já foram infectados pelo vírus. “Quem teve Covid e adquiriu
alguma doença cardiovascular deve procurar um cardiologista para receber um
acompanhamento adequado, visto que este é o profissional mais capacitado para o
tratamento da doença”, finaliza.
Apesar do uso de
máscaras não ser mais obrigatório em alguns lugares, utilizar as mesmas, manter
o distanciamento social e higienizar as mãos com frequência, são as melhores
armas contra a Covid-19, o que evita doenças posteriores.
Universidade Cidade de São Paulo -- Unicid
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