Equoterapia é um
dos tratamentos na busca pela diminuição dos sintomas e melhora da saúde mental Freepik
Ansiedade, Depressão, Síndrome de Burnout,
Transtorno Afetivo Bipolar, entre outras. Consideradas o mal do século, essas doenças
podem atingir a todos, inclusive crianças e adolescentes. A pandemia da
Covid-19 fez com que os números aumentassem no mundo inteiro, muito por conta
da incerteza sobre o futuro, medo de algo novo que estava ocorrendo e a
necessidade do distanciamento social e de atividades remotas.
Pesquisas realizadas indicam que houve um aumento
expressivo de ansiedade e depressão desde o início da pandemia da Covid-19,
principalmente em crianças. No mundo, o percentual de crianças e adolescentes
que possuem ansiedade e depressão subiu de 11,6% em 2018 para 25,2% em 2021, de
acordo com análise de pesquisas feitas pela Universidade Aberta do Sistema
Único de Saúde (UNA-SUS). No Brasil, o Instituto Ayrton Senna e a Secretaria da
Educação de São Paulo relataram que 70% dos alunos de São Paulo sofrem algum
sintoma relacionado à ansiedade ou depressão.
A psicóloga Aline Provensi afirma que essas
condições sempre estiveram presentes na sociedade e que, hoje, com o avanço de
pesquisas e estudos na área, conseguimos detectá-las cada vez mais
precocemente. “Desde o início da pandemia e em situações de isolamento social,
pode-se notar um aumento expressivo de casos entre crianças e adolescentes.
Ambas as condições, caso não sejam tratadas, podem trazer sérios prejuízos de
saúde, sociais, familiares e escolares, entre eles o desenvolvimento de quadros
psicossomáticos (gastrite, esofagite, dermatite), repetições de ano e risco
elevado para suicídio”.
Adultos podem ser os primeiros
a perceber sintomas nas crianças
Pedro Henrique Dipp Favareto, de 15 anos, é apenas
um dos jovens que sentem sintomas dos transtornos psicológicos. Ansiedade,
tremores, falta de ar, mãos frias, medo e pânico foram os primeiros sintomas
identificados pela mãe. “A ajuda realmente aconteceu de forma intensa ano
passado, após crises de pânico. O diagnóstico foi feito pelo psiquiatra e por
meio de testes com neuropsicóloga”, explica Pedro.
“É imprescindível que pais e professores estejam
atentos aos sinais e saibam como intervir o mais rápido o possível. É comum,
nesses casos, serem apresentadas frequentes e excessivas preocupações com o
futuro, insegurança frente a demandas, retraimento social, dificuldade na
manutenção do sono e irritabilidade. A atenção é redobrada em casos de crianças
e adolescentes neurodivergentes (autistas, TDAH, superdotação), que têm uma
propensão muito maior a problemáticas da saúde mental”, alerta a
psicóloga.
Equoterapia como aliada no
tratamento
Uma das formas encontradas pelo jovem e pela
família para aliviar os sintomas foi a Equoterapia. Pedro iniciou seu
tratamento na ONG EquoSorriso - Equoterapia e Equitação Lúdica, localizada em
São José dos Pinhais (PR), há três meses, e notou diferenças no humor, que foi
estabilizado, diminuição das crises e até mesmo ganhou ânimo para frequentar as
aulas. A busca por esse tratamento partiu da mãe que, ao pesquisar possíveis
formas de diminuir os sintomas do filho, encontrou a equoterapia como
aliada.
“O contato direto da criança com o cavalo, desperta
uma conexão de sentimentos, onde o estímulos provenientes do animal aguçam a
sensibilidade das emoções. Com o acompanhamento de um psicólogo, os assuntos
afloram e é necessário ficar atento na abertura e fechamento de assuntos
confidenciais do paciente. Assim, a sessão de equoterapia passa a ser também
uma sessão de psicanálise”, explica a fundadora e diretora da EquoSorriso,
Rosana Collect.
A equoterapia é um tratamento cientificamente
provado na manutenção e melhora dos sintomas, pois além do contrato com a
natureza, atua diretamente em algumas aptidões, como complementa a psicóloga
Aline. “A Equoterapia trabalha habilidades que são essenciais para a regulação
emocional e psicológica, como o automonitoramento de pensamentos e sensações,
planejamento e percepção corporal, controle da respiração e atenção ao momento
presente, superação de desafios e construção de laços afetivos”.
O que fazer caso meu filho
demonstre sinais de ansiedade ou depressão?
Ainda segundo a psicóloga, caso as alterações sejam
recorrentes, é aconselhável levar a criança ou adolescente para profissionais
da área, como psicólogos ou psiquiatras, a fim de realizarem acompanhamentos
terapêuticos. Além da Equoterapia, as sessões de terapia com profissionais da
área, medicamentos, hábitos saudáveis e terapias alternativas são outros
tratamentos que podem ser implementados.
Sobre a EquoSorriso
A EquoSorriso - Equoterapia e Equitação Lúdica é
uma organização sem fins lucrativos, localizada em São José dos Pinhais, região
metropolitana de Curitiba (PR), atende crianças e jovens com necessidades
especiais, bem como profissionais com sintomas de depressão e síndrome de
Burnout. Desde sua criação, em 2013, a organização
atendeu mais de 600 pacientes, a partir de dois anos de idade nas sessões de
equoterapia. Mais informações, entre em contato pelo (41) 99753-4439 ou pelas
redes sociais Instagram >
www.instagram.com/equosorrisoequoterapia/
ou Facebook > www.facebook.com/EquoSorriso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário