Pesquisa do Nube traz um panorama do mercado de estágios no país durante a pandemia
Decidir
qual carreira seguir é um desafio para milhões de jovens anualmente. Embora
seja crucial considerar, primeiramente, a compatibilidade da área com gostos e
habilidades individuais, também é interessante avaliar salários - ou no caso
dos estagiários - a bolsa-auxílio oferecida para cada profissão. Assim, o Nube - Núcleo Brasileiro de
Estágios promoveu, mais uma vez, a Pesquisa
Nacional de Bolsa-Auxílio, analisando dados de janeiro a
dezembro de 2020. O levantamento mostra como foi o desempenho durante o
primeiro ano de pandemia.
Para
obter os resultados, foram considerados 61.138 pesquisados de todo o Brasil.
Mesmo diante da crise sanitária, o cenário da análise mais recente foi melhor
em relação ao divulgado anteriormente. Se em 2019, a média nacional ficou em R$
1.007,06, agora, foi de R$ 1.052,94, valor 4,5 pontos percentuais maior.
Segundo Seme Arone Junior, presidente do Nube, ponderar as estatísticas é uma
boa maneira de entender e desenhar tendências para os próximos anos. “O Coronavírus
foi, de fato, avassalador. Contudo, uma circunstância positiva
para o futuro está se desenhando e nossa pesquisa confirma isso”,
comenta.
Segundo
a Lei 11.788, só estudantes podem estagiar: seja no nível médio, técnico,
superior ou nos dois anos finais do fundamental pela Educação de Jovens e
Adultos (EJA). Assim, para quem está no
ensino médio, ficou em R$ 671,23, um aumento de 4,6% em relação ao resultado
divulgado no ano passado. Já no ensino técnico, R$ 809,73 - um acréscimo de
1,6%. Técnico em Marketing foi a carreira com melhor desempenho, disparando do
7º lugar em 2019, para o primeiro em 2020, com R$ 971,60 recebidos mensalmente.
Técnico em Edificações, antes no topo, desceu para a segunda posição.
Para
os universitários de cursos tecnólogos, a média ficou em R$ 1.082,43, enquanto
na estatística divulgada anteriormente foi de R$ 1.040,52. Tecnólogo em Banco
de Dados se mantém como líder há cinco anos, com R$ 1.545,98. Já
no nível superior, o valor é de R$ 1.186,79, um crescimento de quase 4,3%.
Ciências Atuariais volta ao topo, mas já esteve nessa colocação em 2018. O
ganho atual é de R$ 1.732,54 ao mês. Agronomia, antes em primeiro, cai para a
quinta colocação. Economia permanece no pódio, subindo para o segundo lugar e
Engenharia, em terceiro. Aliás, esses dois últimos estão na lista dos mais bem
pagos desde o início da pesquisa, em 2008.
A
única queda foi para alunos de pós-graduação. Se em 2019, o valor era de R$
2.115,68, agora, foi de R$ 1.746,57, uma redução de 17,4%. Quem está na região
Sul do país continua com os maiores ganhos, R$ 1.190,37. Sudeste vem em
seguida, com R$ 1.055,07, depois Nordeste, R$ 1.013,00, Centro-Oeste, R$
972,52 e Norte, com R$ 818,71.
Acompanhe as listas com as dez áreas
mais bem pagas por nível de ensino:
Superior
R$
1.186,79
1º
- Ciências Atuariais - R$ 1.732,54
2º
- Economia - R$ 1.676,93
3º
- Engenharia (todas) - R$ 1.480,62
4º
- Administração Pública - R$ 1.438,39
5º
- Agronomia - R$ 1.415,53
6º
- Relações Internacionais - R$ 1.381,40
7º
- Química - R$ 1.378,84
8º
- Marketing - R$ 1.334,76
9º
- Ciência da Computação - R$ 1.331,24
10º
- Sistemas de Informação - R$ 1.295,22
Superior
Tecnólogo
R$
1.082,43
1º - Tecnol. em Banco de Dados - R$
1.545,98
2º - Tecnol. Análise Desenv. Sistemas
- R$ 1.234,06
3º - Tecnol. em Automação Industrial
- R$ 1.224,78
4º - Tecnol. Construção Civil - R$
1.216,44
5º - Tecnol. em Mecânica - R$
1.179,74
6º - Tecnol. em Comércio Exterior -
R$ 1.146,52
7º - Tecnol. em Gestão de Negócios -
R$ 1.144,01
8º - Tecnol. Informação - R$ 1.141,02
9º - Tecnol. em Redes de Computadores
- R$ 1.123,95
10º - Tecnol. em Secretariado - R$
1.095,95
Médio
Técnico
R$
809,73
1º - Técnico em Marketing - R$ 971,60
2º - Técnico em Edificações - R$
926,44
3º - Técnico em Mecatrônica - R$
917,88
4º - Técnico em Segurança do Trabalho
- R$ 916,09
5º - Técnico em Automação Industrial
- R$ 890,84
6º - Técnico em Informática - R$
879,42
7º - Técnico em Mecânica - R$ 870,70
8º - Técnico em Química - R$ 866,81
9º - Técnico em Eletroeletrônica - R$
848,26
10º - Técnico em Logística - R$
845,12
Médio
R$
671,23
Arone
Junior ainda destaca a importância de mais empresas abrirem oportunidades dessa
modalidade. “É a melhor forma de inserir a juventude no mercado de trabalho,
pois permite colocar em prática o conteúdo aplicado em sala de aula. Contudo,
tivemos uma taxa de evasão escolar muito grande por conta da Covid-19 e uma das
maneiras de reverter esse quadro é estimulando esse estilo de contratação.
Afinal, quando a corporação oferece uma vaga, dá ao indivíduo a chance de
financiar - seja por completo ou parcialmente - o curso, principalmente no
nível superior”, explica.
Além
disso, a organização também tem incentivos fiscais, afinal, esse tipo de
admissão não gera vínculos empregatícios. “A companhia é isenta dos encargos
trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias
e verbas rescisórias. Assim, recrutar fica mais fácil e é, realmente, uma
atitude empreendedora. A possibilidade de construir um profissional de muito
talento para agregar nas equipes é gigantesca e, nesse momento de retomada,
isso se torna indispensável”, conclui o presidente.
Seme Arone Junior - presidente do Nube
www.nube.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário