Ansiedade pode gerar sintomas físicos capazes de
atrapalhar na hora da prova, como problemas intestinais, dores de cabeça e
falta de sono
A segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) 2021 acontece neste domingo, 28, aproximando o sonho de milhares de
brasileiros de ingressar no Ensino Superior. Contudo, esta proximidade também
aumenta o nível de ansiedade destes estudantes, chegando ao ponto de prejudicar
o desempenho na prova.
Para a psicóloga Mirian Conrado, a prova do Enem já
traz uma ansiedade natural, principalmente pela autocobrança para passar no
vestibular. Muitos estudantes também têm uma cobrança dos pais, que vêem na faculdade
a possibilidade de o filho ter um futuro de sucesso.
“É natural de qualquer ser humano, diante de algum
evento importante, ter sinais de ansiedade. O que acontece é que esta ansiedade
pode surgir sem desaparecer e aumentar de intensidade, se tornando mais
preocupante”, destaca a especialista, que também atua no Núcleo de Apoio
Psicopedagógico da Medicina UniFTC.
Mirian pontua a necessidade do estudante aprender a
criar uma rotina de estudos que envolva momentos de lazer e descanso. “É
importante que o jovem esteja empenhado em estudar, buscar aulões, para
na hora da prova estar mais tranquilo. Mas é importante também buscar o
aprendizado de todo este processo de estudos, como se o estudante teve rotina,
disciplina e autocuidado da mente”.
Esgotamento mental
A falta de rotina e o estudo em excesso podem gerar
no estudante um quadro de esgotamento mental que, aliado com a ansiedade, acaba
gerando diversos sintomas capazes de prejudicar o desempenho na prova do Enem. Entre
os sintomas, pode-se citar: coração acelerado, problemas intestinais, dores de
cabeça, falta de sono, pouco apetite ou vontade descontrolada de comer, apatia,
entre outros.
Para evitar que a ansiedade chegue ao nível de
desgaste físico no estudante que irá realizar a prova do Enem neste domingo, a
psicóloga recomenda alguns exercícios para o dia a dia, como meditação, técnica
pomodoro e caminhada.
“Uma das dicas que vejo até muitos professores
passarem é a meditação. Mas não aquela meditação longa de ficar 'com a mente
vazia', mas colocar uma música calma, com cinco minutos controlando a
respiração. Já a técnica Pomodoro consiste em, durante os estudos, se dedicar
por 50 minutos e descansar 10 minutos. E por fim uma caminhada de pelo menos 40
minutos por dia, seja ao ar livre, seja no passeio de onde o estudante mora ou
até nas áreas de lazer do prédio”.
Entretanto, Mirian faz um
alerta sobre a técnica Pomodoro: “Agora, é importante evitar ficar nas redes
sociais durante estes 10 minutos de descanso, pois acaba dispersando dos
estudos e cansando a mente devido à quantidade de estímulos”.
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