De acordo com a psicóloga e fundadora da Escola da Inteligência, os pais precisam impor limites e dividir suas experiências pessoais com as crianças e adolescentes
Não
devemos ser emocionalmente frágeis, implorar por amor e sorrisos permanentes
dos filhos, e nem dizer que eles são fracos ou mesmo destacar frases
superprotetoras. Essa é a primordial dica da fundadora da Escola da
Inteligência, a psicóloga Camila Cury. “A afetividade e o amor não são
construídos somente nos ‘sim’, mas nos limites e na formação de um ser humano
empático, respeitoso e inteligente”.
O
principal papel dos pais na relação com seus filhos é educar, e isso segue por
impor limites. Crianças e adolescentes, geralmente, não gostam de barreiras.
Entretanto, elas são necessárias. É essencial, também, que a família mostre
segurança sobre a maneira que educa os seus filhos e que os incentive a serem
autônomos e corajosos para enfrentar os obstáculos do cotidiano. “Quando os
pais sabem onde querem chegar, podem vir as interferências, as opiniões dos
outros, as reclamações dos filhos, a birra, o choro, mas é necessário entender
que há uma intencionalidade no processo de educação”, afirma Camila.
“Quando
esse objetivo não está claro, você perde o fio da meada. Se seu filho chora,
você é reativo, grita e perde a paciência. Então, a sugestão é diferenciar o
momento de brincar, dar risada, contar histórias, da situação em que é preciso
exercer o papel de ser educador. Pois, amanhã, os filhos vão se relacionar com
outras pessoas, com o mercado de trabalho, vão votar, construir a própria
história. Aí vale a reflexão: que tipo de ser humano estou formando?”,
questiona a psicóloga e fundadora da Escola da Inteligência.
Outra dica da psicóloga é educar os filhos para que se
sintam seguros a dizer “não” diante de situações como, por exemplo, quando
forem pressionados a usar drogas, levarem um fora de paquera, entre outras. “E
isso pode ser transmitido aos filhos em ações simples, como ‘Filho, eu também tive
medo. Deixa eu te contar como foi?’. Ao dividir a sua história com eles, mas
sem desmerecer o que sentem, a família acolhe o sentimento, mostrando outra
perspectiva. Agindo assim, os pais formam filhos seguros para serem autores da
própria história, tanto na vida pessoal quanto profissional”, explica Camila.
Escola da Inteligência
Nenhum comentário:
Postar um comentário