Estudos indicam que diversas espécies estão desenvolvendo dependência por neonicotinóides, compostos quimicamente semelhantes à nicotina do cigarro, levando-as à morte
Inseto de extrema
importância econômica e ecológica, a abelha é responsável por 35% da produção
agrícola global, bem como 85% das plantas selvagens, através da sua função como
principal polinizadora no planeta. Diante da relevância, fica clara a
importância de se ter um dia dedicado para sua proteção e conservação, e
levanta a discussão por alternativas para a convivência harmônica e sustentável
com a agricultura e na proteção de seu papel essencial na biodiversidade.
As abelhas estão
sumindo em todas as partes do mundo por ação de pesticidas e agrotóxicos nas
plantações, perda de habitat e mudanças climáticas como o aquecimento global.
Mas o problema vai muito além de seu desaparecimento. Essenciais para a
polinização de frutas e vegetais usados na nossa alimentação, como tomate,
berinjela, café e cacau, as abelhas estão desaparecendo do planeta - algumas
espécies estão sob risco de extinção global. O cenário é tão grave que
organizações como a ONU já alertam para os riscos de escassez de alimentos por
conta da mortalidade em massa de insetos polinizadores. No Brasil, a previsão é
de que a população de abelhas e outros polinizadores diminua em 13% até 2050, segundo
análise da Universidade de São Paulo.
Por conta do risco
para as abelhas, o uso de algumas dessas substâncias está suspenso na União
Europeia. No Brasil, infelizmente, esses venenos ainda são utilizados em larga
escala nas plantações via pulverização aérea e terrestre. Isso tudo mesmo
havendo pesquisas conectando o declínio de colônias de abelhas em São Paulo e
Santa Catarina à aplicação de neonicotinóides e outros pesticidas.
"As abelhas são
tão sensíveis à mudança climática que estudos já apontam que o aumento da
temperatura média de 1.8 °C a 2.6 °C seria fatal para elas. A preservação das
abelhas vai além da simples preservação de uma espécie, ela representa a
preservação de todo um ecossistema", finaliza Rafael Zarvos, fundador da
Oceano Gestão de Resíduos.
Oceano
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@oceanoresiduos
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