Técnica
é promissora no combate a doenças genéticas e afasta a necessidade de utilizar
medicamentos para controle
Camarão, amendoim,
morango ou picadas de inseto são alguns agentes que podem desencadear alergias.
Essa condição genética pode ser definida como uma resposta exagerada do sistema
imunológico a elementos que, a princípio, não deveriam fazer mal ao organismo.
Apesar de se tratar de algo natural, as alergias geralmente atingem indivíduos
suscetíveis a reações hipersensíveis por conta dos genes que carregam. Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% da população brasileira está sujeita
a essa disfunção.
Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico
do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, explica que a doença crônica está atrelada ao código
genético e pode ser considerada sem cura. "O gene é um segmento do DNA ou
RNA que determina todas as características de uma pessoa. Dessa forma, os genes
são responsáveis pelo desempenho dos leucócitos, também conhecidos por Células
T, presentes no sistema imunológico. São as células que entendem que devem
reagir às substâncias consideradas tóxicas, além de desenvolverem resistência
aos tratamentos propostos pela medicina", informa.
Contudo, uma pesquisa
desenvolvida pela Universidade de Queensland, na Austrália, conseguiu
"desligar" em animais as respostas imunes que causam reações
alérgicas em seus organismos. De acordo com o especialista, a Terapia Genética
vem sendo estudada como um método eficiente contra essa condição, onde os
resultados devem surgir a longo prazo. "Essa abordagem se consiste em
provocar mudanças no DNA, realizando uma limpeza na memória imunitária das
Células T. Assim, o sistema imunológico passa a tolerar a presença das
substâncias que antes eram consideradas perigosas", pontua.
Nessa técnica, os
genes funcionais são inseridos nas células do paciente, desencadeando uma
resposta imune saudável. "A Terapia faz com que o corpo reproduza cada vez
mais novas células, que terão menos chances de apresentar reações
hipersensíveis", destaca. Se forem gerados em grande quantidade, o DNA
modificado será capaz reestabelecer a saúde do indivíduo para o resto da vida e
descartar ou diminuir a necessidade do uso de medicamentos para controle das
alergias.
Além da terapia
genética, em casos graves, como eventos devastadores de dermatite atópica e
outras situações alérgicas, o especialista afirma que a Fotoferese
Extracorpórea está sendo acompanhada e largamente utilizada. "Essa é uma
abordagem que já existe e pode melhorar significativamente a qualidade de vida
do paciente", assegura. Essa modalidade, também demonstra eficácia para
doenças autoimunes, destaca o doutor.
A grande diferença
desse tratamento é que ele ativa no organismo um efeito imunomodulador,
aumentando a tolerância da defesa do sistema imunológico e reduzindo os sintomas
da doença. "Recomendado para tratar linfomas, esclerodermia e até mesmo
rejeição de órgãos após um transplante, o procedimento ajuda assim, o corpo a
combater suas próprias patologias", conclui.
Criogênesis
https://www.criogenesis.com.br
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