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segunda-feira, 21 de junho de 2021

Comum no frio, fenômeno de Raynaud, que pode gerar feridas nas mãos e pés preocupa especialistas

 O fenômeno de Raynaud tem três fases: palidez, cianose (arroxeamento) e eritema (avermelhamento). Os sintomas são conseqüência da exposição ao frio e estresse que ocasionam constrição de vasos de extremidades principalmente de mãos e pé

 

Com as baixas temperaturas do inverno, que se inicia neste 21 de junho, o desenvolvimento do fenômeno de Raynaud se torna mais comum na população. As pessoas mais atingidas são as que vivem com doenças reumáticas autoimunes. Os sintomas são palidez, cianose (arroxeamento) e eritema (avermelhamento) em extremidades de mãos e pés. Pode aparecer também em nariz, lábios, língua ou orelhas. Nos casos severos, o fenômeno evolui com o surgimento de feridas nas pontas dos dedos, que podem infectar e necrosar, gerando sofrimento a pacientes.

De acordo com a médica reumatologista e coordenadora do ambulatório de Lúpus do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Dra Nafice Costa Araújo, o fenômeno de Raynaud é muito comum naqueles que apresentam Esclerose Sistêmica, Doença Mista do Tecido Conectivo e Lúpus. "No caso da Esclerose, 98% das pessoas que tratamos no HSPE sofrem com o fenômeno, Doença Mista, 80%, e Lúpus, 40%", estima a médica.


A especialista também aconselha as pessoas com doenças reumáticas autoimunes a se manterem aquecidas e evitar pequenos ferimentos nas mãos e pés. "O corpo bem agasalhado, obrigatoriamente com uso de meias e luvas, auxilia a minimizar ou até evitar o fenômeno", explica a médica que também cita o estresse como desencadeador do Raynaud.

O fenômeno de Raynaud pode ser primário ou secundário. O primário pode ocorrer em 10 a 15% da população geral e, geralmente, se inicia na adolescência e melhora apenas com o aquecimento do corpo. Já o segundo está associado a várias doenças, especialmente as reumáticas autoimunes. Nesses casos, o tratamento comum é o uso de medicamentos que auxiliam na circulação do sangue e oxigenação das extremidades do corpo.

A médica Dra Nafice Costa Araújo reforça que o acompanhamento médico nos primeiros sinais do fenômeno é primordial para a melhor qualidade de vida do paciente. O diagnóstico precoce auxilia na eficiência do tratamento. "Caso se esteja na faixa dos 30 a 40 anos e alguns desses sintomas se apresente, é necessário passar por avaliação de um reumatologista, para que se consiga identificar possíveis sinais de enfermidades reumatológicas."



Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)


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