O
Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa
Selic 2021 em 0,75 ponto percentual. Com isso, o principal mecanismo de
controle da inflação passou de 3,5% para 4,25% ao ano. Mas o terceiro reajuste seguido
não foi surpresa para ninguém: o mercado financeiro e o próprio Banco Central
já anteviam essa alta da taxa básica de juros, que ocorreu no igual patamar das
duas anteriores, em março e maio deste ano.
Acontece
que, agora, o Banco Central endureceu o tom com relação aos próximos reajustes
da Selic. Mesmo projetando nova elevação de 0,75 ponto percentual para agosto,
o comitê sinalizou que, por conta da economia em rápido aquecimento, pode haver
também a necessidade de acelerar o ritmo de altas da taxa básica de juros nas
próximas reuniões.
E
enquanto o mercado aguarda pela divulgação da ata da reunião do Copom – que
detalha a visão do Banco Central – uma coisa é certa: a alta da taxa Selic em 2021 vai impactar a vida do consumidor e os
investimentos. De que forma?
Para
se ter ideia, apenas em maio, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo) ficou em 0,83%, o maior patamar para o mês em 25 anos. O acumulado em 12
meses é de 8,06%. Nem mesmo o mercado esperava esse avanço, que foi puxado
principalmente pela inflação no atacado.
Diante
de tal escalada, o Banco Central se vê forçado a aumentar o ritmo das altas da
Selic no curto prazo, buscando levar a inflação aos níveis próximos à meta. Com
esse último aumento da Selic, diminuiria a necessidade de elevações maiores nos
juros a longo prazo, por exemplo.
Já
nos investimentos, há impactos principalmente em títulos de renda fixa: neste
atual cenário, os títulos prefixados e indexados à inflação,
com prazos mais longos, podem apresentar valorização em um primeiro momento.
Por
outro lado, os títulos de curto prazo devem se desvalorizar, o que prejudicaria
investidores que já investem em produtos pré-fixados e atrelados à inflação.
Mas é importante dizer que o mercado financeiro considera o cenário da alta da
Selic positivo para outros títulos que acompanham a taxa básica de juros.
Enfim,
o atual cenário de alta da inflação e da Selic exige ainda mais atenção do
consumidor e dos investidores conscientes, até porque, com o atual ritmo da economia,
os ajustes não devem parar por aí: a estimativa dos economistas é que a Selic
atinja 6,5% ao final deste ano. Por isso, é muito importante contar com a ajuda
de um especialista para que os investimentos sejam feitos de melhor forma.
Nesse
sentido, a Ethimos, um
dos maiores escritórios da XP, conta com assessores de investimentos com grande
experiência no mercado e tem o atendimento de qualidade comprovado pelo selo
NPS (Net Promoter Score).
Leonardo Costa - assessor de investimentos, sócio e head de Renda Fixa da Ethimos.
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