6 dicas para medir o desempenho escolar na pandemia
Um ano após a suspensão das aulas em grande parte das escolas da rede
pública e particular, milhões de estudantes contabilizam os prejuízos na
assimilação e compreensão dos conteúdos do ensino regular. Presente na
maior parte dos estados brasileiros o ensino remoto é hoje a principal
alternativa a substituição das aulas presenciais, mas, segundo especialistas,
não conseguiu substituir na totalidade o ensino presencial.
O estudo “perda de aprendizagem na
pandemia”, realizado pelo Insper em parceira com Instituto Unibanco, mostrou
que ao estudar de forma remota, o estudante aprende efetivamente, em média, 17%
do conteúdo de matemática e 38% do de linguagem em relação ao que ocorreria com
aulas presenciais. Ainda segundo o levantamento, caso ao longo do ano
letivo de 2021, o ensino remoto seja mantido e não ocorra um aumento no grau de
engajamento dos estudantes, as perdas deverão alcançar 16 pontos em Língua
Portuguesa e 20 pontos em matemática, considerando a escala Saeb – Sistema de
Avaliação da Educação Básica.
Com a ajuda da psicóloga e especialista
em ginástica para o cérebro, Anizabella de Oliveira Soares, o Método Supera,
preparou um guia para você identificar se seu filho está aprendendo menos do
que deveria neste segundo ano da pandemia de Covid-19, confira:
- Perda de foco com
facilidade – Estudar no computador
tem, como um dos seus principais desafios a atenção sustentada, ou seja: a
capacidade do nosso cérebro de manter a atenção por um longo período. No
caso das crianças, considerando seu perfil, próprio para sua idade, o
contato físico proporcionado pelas aulas presenciais poderia ser um
facilitador da aprendizagem, o que nem sempre acontece com as aulas
remotas.
- Desinteresse pelo conteúdo
escolar – Qual é o nível de
interesse que o estudante apresenta pelo que está sendo ensinado? Ao fim
do dia ele consegue repassar tudo que aprendeu com facilidade? Se dedica a
leituras extraclasse como forma de melhorar sua assimilação? Se a resposta
for não e se qualquer outra distração for mais interessante do que a
escola, segundo a especialista, é necessário atenção. “Em circunstâncias normais
os pais já têm um desafio enorme para que os filhos enxerguem a escola
como um algo positivo e agradável e neste contexto, isso é ainda mais
desafiador. É claro que as nossas crianças não vão ter o mesmo interesse
que tinham quando o ensino remoto começou, mas é preciso estar atento a
esse desinteresse porque, se ele aumentar pode romper de forma abrupta o
elo da criança com a escola, prejudicando seu desenvolvimento nos anos
seguintes”, alertou.
- Dificuldade de reter informação – Um dos primeiros sinais de que algo não vai bem é a nossa
dificuldade para reter novas informações, memorizar ou mesmo esquecimento.
“Esses pequenos sinais são na verdade alguns alertas de que o corpo não
está inteiro naquele processo. Outros fatores também contribuem para que
essa criança assimile melhor o conteúdo. A
memória gosta de boas noites de sono, alimentação equilibrada, exercícios
físicos regulares, interação social de qualidade e ginástica cerebral ou
estimulação cognitiva”, pontuou a especialista.
- Estresse no período online
– Microfone não funciona,
falhas técnicas, acabou de entrar online e já quer sair? Pode parecer que
não, mas esses pequenos percalços também são impeditivos para a
assimilação do conteúdo e dizem muito sobre o quanto seu filho vai ou não
absorver do conteúdo escolar. “Evite ligar
o computador minutos antes do início da aula. A nossa tendência é fugir de
tudo aquilo que sai da nossa zona de conforto e sair do curso presencial
para o curso on-line sem que essa tenha sido a nossa escolha, foge da
nossa zona de conforto”, explicou.
- Irritabilidade constante – A irritabilidade
é, sem dúvida, um dos sintomas que mais denunciam condições diversas
relacionadas à Saúde Mental. No caso específico do ensino remoto durante a
pandemia, ela vem acompanhada as incertezas próprias do momento e
inseguranças relacionadas ao futuro de curto, médio e longo prazo. “Toda
vez que nos irritamos estamos fechando nosso cérebro para coisas boas e
novas, como aprender por exemplo. É muito difícil ter uma boa assimilação
de conteúdo neste estado”, explicou.
- E por fim, não menos
importantes: suas avaliações e notas – Os critérios de avaliação do estudante são um fator
importante para medir não apenas o desempenho do aluno na modalidade
remota, mas, sobretudo, seu interesse. “Nesta condição atípica, existe um
empenho extra dos educadores para que alunos atinjam suas metas e, se isso
não acontece, é um forte indício de quem este aluno já está próximo de
perder sua conexão com a escola, o que é muito ruim e precisa ser olhado
com atenção por pais e educadores”, alertou.
Cansaço
no digital
A
especialista chama a atenção ainda para o estado emocional de crianças e
adolescentes em meio ao cenário cada vez mais digital. “A verdade é que as
nossas crianças e adolescentes estão cansados porque não existe mais um limite
do digital e do real. A escola é do digital, mas o lazer também é. Isso gera
muita ansiedade e um desgaste emocional – sobretudo aos adolescentes que ficam
mais isolados, o que impacta na capacidade do cérebro de aprender. Sabemos
que 70% do nosso desenvolvimento emocional e cognitivo vem da convivência
com o outro e por isso esta população – crianças e jovens, está sofrendo tanto
neste momento”, alertou.
A
importância de estimular o cérebro da forma correta
Diante
deste contexto a estimulação cognitiva se apresenta como uma ferramenta
poderosa para ajudar o cérebro de milhões de crianças e adolescentes no
processo de recuperação do desempenho e do prazer em aprender. “Ao estimular o nosso cérebro com
ginástica para o cérebro, envolvendo novidade, variedade e grau e desafio
crescente, estamos criando uma técnica para que ele volte aos patamares
anteriores a pandemia: com mais concentração, atenção, disciplina, foco e
trabalhando ferramentas importantes voltadas ao autoconhecimento, o que impacta
diretamente nesta grande dificuldade que temos hoje: de voltar a sonhar. Um
cérebro estimulado da forma correta é um cérebro mais apto a abraçar as
melhores coisas da vida, que certamente virão com a vacinação em massa que se
aproxima a cada dia”, concluiu.
Com mais de 350 unidades no país, o método Supera
já mudou a vida de mais de 190 mil pessoas utilizando ferramentas exclusivas
que atuam diretamente na performance e desenvolvimento cognitivo, através do
uso de ábaco, jogos e apostilas em um método de estimulação cognitiva exclusivo
no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário