História
de paciente que sonha ver o casamento da filha é destaque da ação, que busca
conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento
Formar-se na
universidade. Ver o casamento dos filhos. Conhecer outros países. Todos parecem
planos comuns a milhões de brasileiros, etapas de uma vida bem vivida. Para
portadores de amiloidoses – um grupo de doenças raras progressivas,
incapacitantes e irreversíveis –, porém, tudo isso pode se tornar uma lista de
desejos distantes. Para chamar a atenção para a importância do diagnóstico
precoce e do tratamento, a Pfizer, com apoio da Associação Brasileira de
Paramiloidose – ABPAR, do Instituto Vidas Raras, do Instituto Lado a Lado pela
Vida e da Casa Hunter, lança mais uma etapa da Campanha Pausa Pra Vida.
A publicação de um vídeo
celebra o Dia da Conscientização sobre Amiloidoses, em 16 de junho, e conta a
história de um brasileiro portador de polineuropatia amiloidótica familiar
(PAF), cujo sonho é ver o casamento de sua filha. Utilizando a tecnologia do deepfake – que permite
acrescentar os rostos dos personagens reais em cenas fictícias –, o filme
possibilita que o paciente e sua primogênita vivam a emoção e a felicidade da
realização desse momento único. Além do vídeo, a campanha conta ainda com posts
nos perfis da Pfizer e das associações de pacientes e um site com informações
sobre a doença: www.pausapravida.com.br.
“As amiloidoses não têm
cura, mas estar bem-informado sobre seus sintomas – que podem incluir perda de
peso, fadiga, inchaço nas pernas e tornozelos, e formigamento nas mãos e nos
pés, entre outros – é o primeiro passo para um diagnóstico precoce e,
consequentemente, para o tratamento que visa melhorar a qualidade de vida dos
pacientes, com a possibilidade de retardar a progressão da doença”, explica
Márjori Dulcine, Diretora Médica da Pfizer Brasil.
Doença causada por
proteínas insolúveis
As amiloidoses são
causadas pelo depósito de proteínas que não se dissolvem no corpo. Elas se
acumulam nos órgãos e tecidos, e formam os chamados “depósitos amiloides”, que
geram uma fibra nos tecidos, incapaz de ser eliminada pelo organismo.
Diante da suspeita da
doença, o primeiro passo é investigar a presença de amiloidose de cadeia leve
(AL), uma vez que essa forma da amiloidose cardíaca exige tratamento específico
com quimioterápicos e o prognóstico é melhor de acordo com o início precoce do
tratamento. A confirmação da AL depende da detecção da proteína amiloide em
tecidos envolvidos através da biópsia. Já a forma ATTR, como a da PAF, pode ser
confirmada de maneira não invasiva, mediante utilização de exames de imagem,
por meio da associação entre ecocardiograma, ressonância magnética cardíaca e
cintilografia com radiotraçadores ósseos. A biopsia cardíaca, na ocorrência da
ATTR, fica reservada para alguns casos específicos.
Mais comum em pessoas a
partir dos 60 anos, a amiloidose cardíaca ligada à TTR surge à medida que os
depósitos de proteínas amiloides no tecido do coração aumentam, tornando as
paredes do órgão mais rígidas e espessas, comprometendo seu funcionamento. A
amiloidose ligada à TTR pode ser hereditária ou não e pode ter, além da forma
cardíaca, uma forma neuropática, dita PAF. A PAF é hereditária e inclui um
fator étnico: por ter se originado no norte de Portugal, tende a ser mais comum
em descendentes de portugueses com mais de 30 anos de idade.
Falta de diagnóstico
O Ministério da Saúde
estima que cerca de 5 mil brasileiros têm algum tipo de amiloidose.[iv] Entretanto, mais de 90%
dos portadores PAF no país, por exemplo, ainda não foram diagnosticados,
segundo a Academia Brasileira de Neurologia (ABN). A doença, se não for
identificada e tratada adequadamente, pode levar o paciente à morte dez anos
após os primeiros sintomas.
“Por isso, uma campanha
de conscientização como a Pausa Pra Vida é de suma importância para a
população. Infelizmente, os brasileiros têm poucas informações sobre doenças
raras fatais que poderiam ser controladas. Trazer à tona dados e orientações
sobre essas enfermidades é uma responsabilidade social”, complementa Marcia
Waddington Cruz, médica neurologista diretora adjunta da divisão de pesquisa do
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, e do Centro de Estudos de Paramiloidose Antônio Rodrigues de Mello.
Um alerta para 13
milhões de brasileiros
As amiloidoses fazem
parte de um total estimado de sete a oito mil tipos de doenças raras existentes
no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerada uma
doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. No
Brasil, estima-se que 13 milhões de pessoas possuam doenças raras.
Pesquisa Doenças Raras
no Brasil
De acordo com a pesquisa
Doenças Raras no Brasil –
Diagnóstico, Causas e Tratamento sob a Ótica da População,
realizada pelo IBOPE Inteligência em junho de 2020, a pedido da Pfizer, quase
metade dos entrevistados, ou 42% da amostra, tem dúvidas sobre a relevância do
diagnóstico precoce: 23% dizem que não sabem avaliar se um diagnóstico
prematuro seria efetivo e cerca de um a cada cinco acredita, erroneamente, que
“o diagnóstico precoce não faria diferença para as doenças raras, uma vez que a
maioria dessas enfermidades não tem cura”.
“Grande parte das
doenças raras progride com o passar do tempo, apresentando um aumento na
intensidade dos sintomas e um risco maior de levar o paciente a um quadro de
incapacidade. Por isso, é preciso conscientizar a população a respeito da
importância do diagnóstico precoce. Muitas vezes, ao identificar a doença logo
após os primeiros sintomas, o médico consegue controlar o quadro, retardando o
seu avanço e evitandos danos irreversíveis”, complementa Márjori.
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