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quinta-feira, 17 de junho de 2021

Junho Violeta: esfregar ou coçar os olhos em excesso prejudica a visão

Campanha alerta para o Ceratocone, doença corneana progressiva e que pode levar à cegueira


 

O simples hábito de coçar os olhos pode levar a problemas sérios de visão. Por isso, a campanha Junho Violeta reforça a prevenção do Ceratocone, doença ocular genética que  danifica a estrutura da córnea. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), uma a cada 2 mil pessoas no Brasil sofre com a doença. Além disso, por ano, cerca de 150 mil brasileiros são afetados pelo ceratocone. E a falta de acompanhamento de um especialista agrava ainda mais o problema. 

 

Segundo Guilherme Rocha, médico oftalmologista do CBV - Hospital de Olhos e especialista em córnea e lentes de contato, o ceratocone é uma doença que pode iniciar no final da infância e início da adolescência. E, ainda, tem risco de piorar até os 30 anos “É importante mencionar que quanto mais cedo o início dos sintomas, mais agressiva é a evolução. Por isso, o exame oftalmológico é importante para detecção em pacientes suspeitos, pois o acompanhamento é indispensável. Visto que se trata de uma doença com potencial de progressão, principalmente em pessoas mais jovens”, explica o médico. 

 

O especialista ainda ressalta que a coceira ou a alergia nos olhos estão entre os principais fatores nos portadores do ceratocone. “Esse sintoma deve ser controlado por meio de medidas de controle ambiental, como a retirada de fatores que desencadeiam os sintomas, como poeira ou ácaros e o uso de medicações tópicas. Entre elas, uso de colírios ou medicações orais”, afirma o Dr. Guilherme.   

 

Segundo o especialista, à medida que a doença evolui a visão pode piorar e o uso dos óculos não é mais efetivo. Assim, o paciente precisa usar lentes de contato ou realizar cirurgia dependendo da gravidade. “Uma doença avançada pode levar a uma limitação grande da visão com prejuízo em muitas atividades cotidianas. Por isso, é tão importante a prevenção e o acompanhamento com o oftalmologista”, ressalta. 

 

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