Asma surge até um ano de idade e cuidados devem ser redobrados especialmente no outono e no inverno
No dia Nacional
de Controle da Asma, que se comemora em 21 de junho, o Sabará Hospital Infantil
chama a atenção para o início da doença, cujos sintomas aparecem, em 50% dos
casos, na 1 infância, até os três anos de idade.
% por faixa etária (Pneumonia) |
||
|
2020 |
2021 |
>1 ano |
9,6 |
11,5 |
1 - 2anos |
41,5 |
38,5 |
3-4 anos |
22,9 |
26,9 |
5-6 anos |
10,6 |
15,4 |
>7 anos |
15,4 |
7,7 |
A asma é uma doença crônica de maior
prevalência na infância, atingindo 10% da população pediátrica e 20% de
adolescentes, sendo a quarta causa de internação pelo SUS.
A doença
se caracteriza por uma inflamação crônica que afeta as vias aéreas ou brônquios (os “tubos”
que levam o ar para dentro dos pulmões), que dificulta a respiração.
Diante da pandemia da
COVID-19, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
alerta que as infecções virais são causas frequentes de crises de asma e, por
isso, esses pacientes devem ficar em isolamento social sempre que possível,
especialmente os portadores das formas mais graves da doença.
No Sabará Hospital infantil, especializado no
atendimento de crianças e adolescentes, o período mais crítico para as crises é
entre maio de agosto, nos quais há uma mudança de clima, que ocasiona as
crises. Em 2020, a taxa de casos do mês de maio foi de 5,30% em internações
devido ao fechamento das escolas e, em 2021, com as crianças frequentando as
escolas fisicamente, esse número subiu para 21%.
A asma fica em quarto lugar entre as taxas de todas
as internações de outras doenças respiratórias (10%); ficando atrás apenas dos
casos de bronquiolite (41%), bronquite (13%) e insuficiência respiratória
(11%).
“Apesar desse tipo de doença poder aparecer em
todas as idades, na maioria dos casos, o surgimento é mais comum na infância,
60% dos pacientes manifestam a doença no primeiro ano de vida, explica a
pneumologista do Sabará Hospital Infantil, Dra. Maria
Helena Bussamra.
Os sintomas
mais comuns são falta de ar, chiado ou aperto no peito e tosse, sendo que,
durante uma crise, a criança pode apresentar ainda lábios com coloração
arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confusão mental ou sonolência,
pulsação rápida e sudorese.
“Por ser
uma doença crônica a ida ao hospital deve ser feita quando os sinais de crise
não melhoram com a medicação orientada pelo profissional. Só então os pais
devem buscar atendimento no pronto-socorro”, explica a Dra. Maria Helena.
Entre os
fatores que podem desencadear a doença estão: poeira, ácaros, poluição, fumaça
de cigarro, ar frio, infecções virais, mudanças bruscas de temperatura.
Para
amenizar as crises é possível realizar algumas medidas preventivas como: manter
a adesão ao tratamento proposto pelo médico especialista, evitar ambientes
fechados, pouco ensolarados e sem ventilação, manter a casa arejada e praticar
exercícios físicos regularmente e de forma controlada.
“Com o
tratamento correto, a criança asmática consegue ter a mesma qualidade de vida
de qualquer outro indivíduo. A asma é uma doença que não tem cura. Entretanto,
os sintomas podem ser controlados pelo acompanhamento clínico e com o
afastamento de possíveis agentes causadores das crises”, conclui a especialista.
Sabará
Hospital Infantil
www.hospitalinfantilsabara.org.br
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