Especialista em
projetos imobiliários explica a diferença entre adquirir um imóvel e uma cota
em um projeto de incorporação
O Sul da Flórida tem se mostrado um bom lugar para
se morar e trabalhar. A população cresceu em mais de 300 mil habitantes nos
últimos cinco anos, com 75% desses vindos de outros estados e países. Nos
próximos três anos, a estimativa é que a região deverá ter uma migração média
de 5,7% ou cerca de 350 mil novos moradores.
Com base nesses dados, Gabriel Souza, um dos sócios
do IBC – International Business Consulting, consultoria especializada em
negócios imobiliários nos Estados Unidos, afirma que há uma tendência de
construção de edifícios de apartamentos para locação em Miami para uma faixa de
renda equivalente à classe média baixa brasileira.
Segundo Souza, existem diferenças entre a compra
tradicional de imóvel, seja ela para alugar por temporada ou por um período
anual para moradia, e o chamado modelo passivo, em que o investidor adquire uma
cota de um projeto de incorporação, em que ele não tem as responsabilidades de
manutenção, administração e ainda conta com uma participação mensal ou
trimestral, dependendo da distribuição de rendimentos que o projeto oferece.
Ele explica que no aluguel tradicional, o
proprietário é responsável por todas as obrigações do imóvel, à exceção das
despesas de consumo do inquilino, como energia elétrica e TV a cabo, por
exemplo.
Na opinião de Souza, “um imóvel é um excelente
veículo para se guardar dinheiro e manter o valor. Entretanto, isso é pura
especulação, pois a aquisição de um imóvel, via de regra, não é um investimento
porque o objetivo inicial é comprar para uso próprio, como segunda residência
ou imóvel de veraneio”, analisa.
Souza ainda informa que uma cota de imóvel para
locação parte do valor inicial de US$ 250 mil a US$ 300 mil, sendo que metade
pode ser financiada. Como exemplo, ele cita um empreendimento que será
administrado pela IBC, o Napoli Towers, dois edifícios de seis andares, com 152
apartamentos divididos em duas torres distintas.
De acordo com o empresário, enquanto a locação
normalmente gera uma renda bruta de 6% a 8% e descontadas todas as despesas, a
rentabilidade fica entre 3 e 4% ao ano, no modelo passivo, a incorporadora
adquire o terreno, constrói o projeto no período de 12 meses e após a
conclusão, aluga as unidades e administra o complexo por quatro anos.
No primeiro ano, enquanto ainda está na obra, o
construtor parceiro garante 12% de retorno aos investidores, ou seja, um por
cento ao mês. Depois do início da locação, a projeção é de um retorno de 12,5%
e a partir do segundo ano, o rendimento sobe para 18% ao ano em média. “No
final, nós juntamos o retorno que ele teve anual de locação com o lucro da
venda do projeto como um todo, totalizando um ganho de aproximadamente 29,5% ao
ano para cada um dos cotistas”, estima.
Migração corporativa
Para Gabriel Souza, tem ocorrido uma grande
migração para a Flórida também de empresas. “Miami já é conhecida como uma
segunda Wall Street por conta dos mais de 140 bancos internacionais que se
instalaram ou mudaram para a cidade”, relata. Ele ainda afirma que a indústria
do Vale do Silício também está de mudança para o estado devido ao fato da
Flórida não ter imposto estadual.
Na opinião do empresário, embora Miami seja a
“queridinha” momento, há outras cidades do sul da Flórida que também são boas
oportunidades de investimento, como Homestead, Palm Beach, Broward, Weston,
Boca Raton, Sarasota, Palm Coast, enfim, várias opções que dependem mais de
qual o objetivo do investidor do que a localidade em si.
Gabriel
Souza - Nascido em Brasília, se mudou para os Estados
Unidos com três anos onde foi criado e formado profissionalmente. Atualmente,
vive em Miami onde atua como broker imobiliário há 17 anos na Souza Estates, e
há cinco desenvolve sua incorporadora imobiliária. Há dois anos, ele juntamente
com mais cinco amigos entre eles o Emerson, ex-capitão da seleção fundaram o
IBC - International Business Consulting, e hoje tem mais de 60 empresas sob
administração contábil, $45 Milhões USD em transações imobiliárias, e
atualmente mais de 1.400 unidades sendo desenvolvidas.
IBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário