A atual pandemia do novo coronavírus abriu uma verdadeira cortina sobre o panorama da saúde mundial, colocando em evidência a difícil realidade vivida por milhões de pessoas. Infelizmente tivemos que atravessar uma grave crise sanitária para refletirmos o quão injusto é o nosso mundo em termos de direitos básicos à sobrevivência, levando-se em conta o acesso à saúde, higiene, educação, moradia e alimentação dignos. Fatores estes que, juntos, impactam diretamente no desenvolvimento social e econômico de todos os países.
Avaliando essa
perspectiva e buscando o engajamento de grandes empresas e lideranças globais,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou agora em abril, Mês Internacional
da Saúde, a nova campanha "Construir um mundo mais justo, equitativo e
saudável". Esse chamado, sem dúvida, desperta a consciência dos que ainda
não haviam se perguntado sobre qual seria sua contribuição para esta nova
realidade que viveremos após vencermos a COVID-19. Um mundo mais justo, humano,
empático e unido. Utópico? Não, se cada um fizer a sua parte, como já estamos
vendo acontecer.
Diversos setores da
área da saúde têm trabalhado incansavelmente, tanto na linha de frente de
combate ao SARS-CoV-2, tratando os infectados e criando ações de
conscientização, quanto na base e retaguarda das pesquisas e desenvolvimento de
soluções aliadas à tecnologia, que possam contribuir como um todo.
Imagine poder
mensurar, por meio de testes, o potencial de imunização da população que
recebeu as diferentes vacinas disponíveis e saber se estamos no caminho certo
ou qual delas é a mais eficaz e por qual motivo. Ou então, poder avaliar o
potencial prognóstico da COVID-19 nas pessoas infectadas, se elas terão um
quadro leve ou grave, e então, direcioná-las para o melhor tratamento. Imagine
chegar a um pronto-atendimento com sintomas comuns a várias doenças respiratórias,
como febre, tosse e dor de cabeça e por meio de uma ferramenta laboratorial, em
menos de uma hora, saber exatamente qual o patógeno que está presente no
organismo do paciente, causando o quadro infeccioso, e partir disso direcionar
para o tratamento preciso e eficaz, diminuindo, inclusive, seu tempo no
hospital, internações e medicamentos desnecessários.
Imaginou? Pois isso
já é uma realidade e é por ela que as empresas de pesquisa, que desenvolvem
soluções aliadas à tecnologia, têm trabalhado desde o começo. Muitas atenderam
ao chamado da OMS antes mesmo de ser anunciado e estão nessa missão desde o
início, pois sabem que somente a ciência é capaz de dar o respaldo para,
juntos, vencermos essa crise e os demais desafios que ainda estão por vir.
Paulo Gropp - vice-presidente da multinacional alemã especialista em
tecnologia para diagnósticos moleculares QIAGEN, na América Latina.
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