O maior desastre aéreo do Brasil ocorreu em julho de 2007. O Airbus A-320 da TAM, que vinha de Porto Alegre para São Paulo, derrapou na pista molhada do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, atravessou uma avenida e explodiu contra um prédio de carga e descarga da própria companhia, matando 199 pessoas. Uma tragédia que chocou o Brasil e o mundo.
A tragédia da pandemia da Covid-19, desde março
do ano passado, até a última quarta-feira (31/03/2021), matou, segundo dados do
consócio de imprensa, mais de 321 mil pessoas em nosso país. Sabe o que isso
significa? É como se (considerando a média do período) quatro aviões iguais
àquele, caíssem todos os dias, note bem, todos os dias, em algum lugar do
Brasil durante 13 meses seguidos.
O acidente de avião que vai completar 14 anos,
serviu de lição para imediatas alterações nos projetos das aeronaves e no
aperfeiçoamento da qualidade das pistas dos aeroportos, conforme relata a
imprensa especializada no assunto, o que evitou a repetição dos erros.
Erros
Infelizmente, no caso da pandemia, vem
acontecendo o contrário. As autoridades ainda não aprenderam com os erros
registrados até agora. Demora na compra e na distribuição das vacinas, falta de
oxigênio e outros insumos nos hospitais, negacionismos e falta de um controle
centralizado, são tristes fatos que mostram repetição de erros e ausência
de planejamento, gerando tragédias diárias e incertezas.
É um cenário preocupante para o Brasil e para o
mundo. Quem mais sofrem são os trabalhadores que perderam seus empregos, os que
continuam sofrendo as consequências das falências diárias, principalmente dos
micro, pequenos e médios empresários. E há os que estão empregados ou
subempregados, com redução de salário e de renda.
Tenho apoiado as iniciativas que visam reduzir o
número de mortos e infectados, a aceleração do ritmo da vacinação e a
continuidade do auxílio emergencial com valores decentes que garantam comida na
mesa do brasileiro. O objetivo da Fase Emergencial do Plano São Paulo de
combate à Covid-19 que estamos vivendo é reduzir o número de vítimas da
pandemia e, assim, contribuir para o retorno às fases menos restritivas,
abrindo caminho para a retomada da economia e recuperação dos empregos
perdidos.
Páscoa
Emergência tem sido uma das palavras mais usadas no
Brasil nos últimos meses. Mas ações de emergência não podem se tornar rotina. É
preciso reagir, agir e planejar de forma profissional, focando no principal
desafio que é preservar a vida.
Desejo que a longa quarentena que os paulistas
estão enfrentando sirva, também, de reflexão, de um lado, por parte das
autoridades sobre como aprender com os erros e, de outro, pelo brasileiro,
sobre como cada um pode colaborar, à sua maneira, para bloquear a transmissão
do vírus, cada vez mais mutante.
Estamos nos aproximando da Páscoa, palavra que
vem do hebraico “pessah” que significa, segundo o Portal Vatican News,
passagem, em alusão à passagem do povo de Israel da escravidão do Egito para a
liberdade. Que a Páscoa traga a tão almejada esperança e nos liberte da pandemia!!!
Luiz Carlos Motta - Deputado
Federal (PL-SP).
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