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A pandemia
continua e muita gente que cumpre o isolamento acaba deixando o carro parado,
mas isso, sem os devidos cuidados, pode afetar os pneus. Algumas medidas
simples, como calibrá-los semanalmente ou movimentá-lo algumas vezes na semana,
mesmo na garagem, pode ajudar não só a mantê-los em perfeito funcionamento como
também a promover mais segurança nas vias quando for possível retomar a rotina
diária.
A Dekra
Road Safety, entidade europeia especializada em segurança no
trânsito, publicou um estudo em 2020 sobre a importância da pressurização
adequada dos pneus. E aí está uma dúvida que aflige muitos condutores e é
rodeada de mitos e opiniões das mais diversas. A primeira delas é que
"algumas pessoas conduzem seus veículos com uma pressão de enchimento
menor para ter uma aderência supostamente melhor, outros aumentam a pressão em
0,5 bar, para diminuir a resistência ao rolamento e, consequentemente, o consumo
de combustível", esclarece Christian Koch, especialista em pneus da
entidade.
Mas os novos testes demonstram que quanto menor for a pressão de
enchimento dos pneus, mais curta será a distância de travagem, ou seja, sua
aderência ao solo. Assim, uma pressurização mais baixa do que a correta
influencia muito também na segurança da condução. "Os nossos testes de
condução com circulação em ziguezague e manobras de desvio, por exemplo,
demonstraram que com a pressão de enchimento mais baixa também se reduz significativamente
a precisão da direção". E vai além: “a sensação de condução torna-se pouco
clara. O veículo reage de forma muito pesada aos comandos de direção do
condutor. Em situações de velocidades mais elevadas torna-se impossível de
controlar o veículo”, explica. "Além disso, o comportamento dos pneus
inverte-se em piso molhado: nesses casos, é uma pressão de enchimento elevada
que proporciona distâncias mais curtas de travagem", complementa Koch.
E como saber qual é a pressão adequada para o cada tipo de pneu e
veículo? A resposta é simples: consulte o manual. Em alguns veículos um adesivo
está colado na parte interna da porta ou na tampa do combustível. Luiz Antonio
Campos Lima, ex-sargento da PMESP e educador de trânsito, recomenda que a
calibragem semanal deve começar pelo estepe, além disso, “nunca calibre os
pneus depois de ter percorrido mais de 2 km, isso pode prejudicar a calibragem,
aumentando assim o desgaste desnecessário e o risco de acidentes. Se estiver
viajando coloque duas libras a mais e depois, com os pneus frios, verifique a
calibragem correta. Importante também fazer o rodízio dos pneus, em condições
normais de uso, a cada 7.500 km”, orienta.
Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, diz
que a manutenção preventiva dos veículos deve ser realizada mesmo que o veículo
tenha ficado na garagem de casa. “A manutenção preventiva dos principais itens
do veículo, como freio, nível de óleo e amortecedor, deve ser feita a cada 10
mil quilômetros ou a cada seis meses; esses cuidados ajudam a evitar acidentes.
E é essencial que os pneus estejam sempre em boas condições e com a calibragem
correta. Nossas atitudes individuais impactam na coletividade, por isso, seguir
as normas de segurança é fundamental”, completa.
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