Data tem por objetivo desconstruir preconceitos e ampliar o olhar para quem tem o problema
Para combater o
estigma e a discriminação que ronda a epilepsia, a ViaQuatro e a ViaMobilidade,
concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e
5-Lilás de metrô de São Paulo, respectivamente, estão juntas com a Associação
Brasileira de Epilepsia (ABE) na campanha "Epilepsia: derrubando mitos e
preconceitos".
Nos nichos de leitura
das 27 estações das linhas 4-Amarela e 5-Lilás, os usuários têm acesso a
folders informativos com orientações sobre a epilepsia; e, até final de abril,
uma série de painéis ficarão dispostos nas plataformas das linhas, com
mensagens que deixam claro que a doença não incapacita ninguém. Nos cartazes, a
chamada aponta para a mensagem: "Quem vê cara não vê epilepsia".
Mais informações da
campanha estão também sendo veiculadas em vídeos nos monitores dos vagões e nas
estações. "A campanha se relaciona perfeitamente com a dinâmica do
transporte público, com milhares de passageiros que se cruzam sem saber as
histórias uns dos outros, em um ambiente onde pessoas com epilepsia podem ter
crises", diz Maria Alice Susemihl, presidente da ABE. Dados da OMS mostram
que 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia.
Hoje, dia 26, é o Dia
Roxo ou Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, data criada em 2008 por
Cassidy Megan, uma criança de 9 anos, com o apoio da Associação de Epilepsia da
Nova Escócia (EANS). A cor foi escolhida em referência à flor de lavanda,
frequentemente associada ao sentimento de solidão. Para Cassidy, a solidão era
o sentimento que melhor definia as pessoas que sofrem com a epilepsia.
Segundo a ABE, muitos
ainda acham que a epilepsia é contagiosa. Essa crença, infundada, impede que
ajudem quando alguém está tendo uma crise convulsiva. Também existe um estigma
muito forte de que é uma doença mental, o que não é verdade. A campanha tem
este papel importante de mostrar que a pessoa com epilepsia sofre mais com o
preconceito do que com a própria condição.
"As
concessionárias apoiam campanhas como esta porque é importante que informações
confiáveis cheguem a todos, a fim de acabarmos com preconceitos. O
esclarecimento ajuda a salvar vidas", diz Juliana Alcides, gerente de
Comunicação e Sustentabilidade das concessionárias.

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