A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para promover ações para a prevenção da perda auditiva
Com elevados ruídos sonoros em que a
população está exposta atualmente, é preciso ficar em alerta quanto à
saúde auditiva. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), 466 milhões de pessoas no mundo possuem alguma deficiência auditiva.
A previsão é que, nos próximos trinta anos, o número dobre e chegue a 900
milhões. Atualmente, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão
em risco de perda auditiva. Segundo especialistas, é importante detectar a
perda auditiva precocemente para diminuir o avanço.
O fonoaudiólogo Gleison Barcelos, da
clínica Microsom Brasília, ressalta a importância dos cuidados preventivos.
Entre elas, não introduzir objetos (nem bastonete) no ouvido. Outro alerta é
sobre gripes e otites “As infecções mal curadas podem ocasionar a perda
auditiva”, explica o especialista.
Ele ainda faz um alerta em relação à
exposição excessiva a ruídos, como cortadores de gramas e músicas muito altas.
“Não só os adultos devem tomar cuidado. O nível de barulho dos brinquedos para
bebês deve ser monitorado, pois eles têm a audição mais aguçada. Sendo assim,
correm mais risco”, afirma.
Além disso, de acordo com o
especialista, nos últimos anos houve um aumento expressivo da quantidade de
jovens com perda auditiva “Este é um reflexo do uso irregular de fones de
ouvido e, se não houver cuidado, pode levar à perda auditiva irreversível”,
alerta Gleison.
O especialista ainda ressalta: “Em
casos de sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado, pressão, dor,
consulte um otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo para avaliar sua
audição e vale ressaltar, também, a importância de realizar uma avaliação
audiológica pelo menos uma vez ao ano, por prevenção”, finaliza.
Deficiência auditiva
Gleison explica que, atualmente, a
tecnologia pode ser uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida de quem
vive com a deficiência auditiva. “Muitas vezes, a pessoa tem a prescrição para
utilizar o aparelho auditivo, mas tem vergonha, o que pode prejudicar ainda
mais a saúde e os relacionamentos interpessoais do paciente. E ao passar dos
anos a falta de estímulo do cérebro pode ocasionar outras doenças, como a
demência”, afirma.
O fonoaudiólogo afirma, ainda, que os
avanços dos aparelhos auditivos têm sido muito importantes, beneficiando cada
vez mais a saúde dos usuários “Ter um aparelho auditivo não é questão de luxo,
trata-se de uma oportunidade para que os deficientes auditivos se comuniquem
melhor e consigam manter suas interações sociais”, explica.
Já tem aparelhos no mercado que são
capazes de captar o áudio com mais eficiência, detectar quedas e monitorar
dados físicos e cognitivos do usuário, frequência cardíaca, movimentos
realizados, entre outros. Até tradução simultânea de 27 idiomas o aparelho realiza.
E tudo isso pode ser monitorado por um aplicativo. "A grande inovação de
aparelhos, como o Via Edge AI, é a presença de sensores que otimizam
a captura de áudio, reduzindo o tempo de resposta ao paciente. Além disso,
familiares e usuários podem acompanhar as atividades diárias, como física e
cognitiva”, explica.
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