Entramos em 2021 com muitas expectativas a respeito da pandemia da covid-19, sobretudo no que se refere às vacinas. O que todos desejamos é que a vacinação acelere e voltemos ao normal o mais rápido possível, virando essa triste página na história.
A
pandemia trouxe novos hábitos e procedimentos. Um deles foi o crescimento
espetacular do comércio eletrônico. É verdade que os números alcançados eram
esperados, todavia para um futuro um pouco mais distante. O coronavírus fez
acelerar esse crescimento.
Segundo
levantamento da empresa de marketing digital Criteo, 56% dos consumidores
brasileiros afirmam ter estreado nas compras online em 2020. Desse contingente,
67% pretendem manter esse hábito no pós-pandemia. Outro número impressionante
foi o aumento de compras pela internet de outubro para novembro de 2020, mês da
Black Friday, no mundo. De acordo também com a Criteo, houve 139% de
crescimento nas vendas de um mês para o outro.
Esses
são apenas alguns números (impressionantes) do e-commerce. Basta pesquisar na
internet para encontrar diversas estatísticas sobre o crescimento das compras
online em 2020. Todos estratosféricos.
Mas,
e nesse momento, de transição para a pós pandemia, o que se pode esperar? A
julgar pelo andar da carruagem, podemos vislumbrar algumas situações e
tendências.
1.
Presença Online será exigência para todos
A
partir de 2021, qualquer empresa – sim, isso mesmo, qualquer empresa - deverá
ter presença no mundo digital, por menor que seja. Pode ser desde um aplicativo
de mensagens na versão business, passando por mais ação nas
redes sociais, participar de aplicativos de delivery até possuir uma loja virtual
robusta e vender em marketplaces (plataforma online que reúne vários vendedores
ou prestadores de serviços em um só lugar), o consumidor está esperando isso,
até mesmo da mercearia da esquina. Logo, o empresário que ainda acha que “a
internet não é para ele” deve rever esse conceito. Conforme pesquisa da
consultoria Nielsen, o e-commerce brasileiro deve crescer 26% em 2021, com
faturamento de R$110 bilhões. Essa mesma pesquisa indica um fortalecimento dos
e-commerces locais, ou seja, as pessoas estão admitindo comprar online mesmo da
boutique a duas quadras de casa.
2.
Cada vez mais Omnichannel
O
cliente já não enxerga mais diferenças nos canais off e online.
Espera ter experiência e fluidez de contatos em qualquer canal. Principalmente
a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), para quem o mundo digital é o único
que elas conhecem. Portanto, as organizações que atuam no digital e no físico,
mas ainda de forma tradicional, sem integração de canais, vão ter de arregaçar
as mangas e implantar o omnichannel (estratégia de uso simultâneo e interligado
de diferentes canais com o objetivo de estreitar a relação entre online e
offline), que será arroz-com-feijão em pouco tempo.
3.
Big Data ao alcance de todos
A
internet gera uma montanha de dados a todo instante, e esses dados podem ser
transformados em informações valiosíssimas para o negócio. Uma tecnologia que
não é tão nova assim, mas que era cara e restrita às grandes organizações.
Porém, a cada dia surgem ferramentas acessíveis para trabalhar com Big Data,
visando pequenas e médias empresas. Assim, estas também vão mergulhar no oceano
dos dados e acirrar ainda mais a concorrência.
4.
Mais facilidade nos pagamentos
PIX,
carteiras digitais, smartwtaches... Tecnologias e
dispositivos que proporcionam pagamentos rápidos e seguros na rede serão cada
vez mais comuns. É o que tanto os vendedores quanto os compradores desejam.
Acabou a era dos pagamentos online complicados e demorados. A regra a partir de
agora será a agilidade nos pagamentos eletrônicos, quem insistir em meios
antiquados vai perder terreno.
5.
Logística perfeita
As
ferramentas de apoio à logística devem se consolidar. Isso porque os clientes
querem cada vez mais que o leque de opções seja farto: retirada em loja;
entrega em um dia; frete grátis. Além dos conhecidos PAC e Sedex. E nada de
valores abusivos no frete, a maior causa de abandono de carrinhos. Com a
concorrência em alta, não custa para o e-consumer pular para o site do
concorrente e comprar por lá. Portanto, as parcerias, racionalização de custos
e uso de tecnologias de otimização de fretes devem ser primordiais para os
vendedores.
Fora
tudo isso, o que todos querem é que os cenários acima aconteçam. E, acima de
tudo, lembrando da covid-19 como uma coisa do passado (enquanto isso não chega,
vamos mantendo os procedimentos de segurança).
Luciano Furtado C.
Francisco - professor do curso de Gestão do E-commerce e Sistemas Logísticos do
Centro Universitário Internacional Uninter.
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