Para onde caminharemos no pós-pandemia? Que lições levaremos deste cenário que fez cada setor e cada mercado se reinventar? No agronegócio não foi diferente. Mas nessa área talvez alguns caminhos, que se mostraram essenciais nesse momento, já vinham sendo traçados pela prática do cooperativismo e devem continuar após a pandemia com ainda mais força.
Tecnologia, conhecimento e capacidade
de adaptação para o escoamento da produção. São pontos que permitiram a
sobrevivência de muitas marcas. Na região dos Campos Gerais, no Paraná,o modelo
de intercooperação da Unium, resultado da aliança entre Frísia, Castrolanda e
Capal, já permitia que as cooperativas adotassem um investimento conjunto
justamente nesses pontos, além da industrialização. O formato permite que as
cooperativas ofereçam suporte em todas as fases da produção agrícola para o
cooperado, desde o momento da compra da semente e dos insumos, até a hora da
industrialização e venda para o consumidor final. Ou seja, o produtor rural não
precisa gerenciar todo o processo ou se preocupar com a parte de vendas ou
marketing para comercializar seus produtos. Ele cuida da produção e a
cooperativa faz o restante.
Essa ideia de união foi adotada por
muitas empresas ao longo desse ano e a expectativa é que isso se intensifique
ainda mais, o que coloca o modelo de intercooperação, independente da área ou
escala em que é aplicado, como o novo normal a ser seguido após a pandemia. Com
esse formato ganhando muito mais força no mercado, as cooperativas são capazes
de dar estrutura e competitividade para quem, possivelmente, ficaria à deriva
em grandes crises. Por isso, o intercooperativismo pode ser visto como
uma alternativa estratégica atual e relevante para garantir a sobrevivência e o
crescimento sustentável das cooperativas. Para os cooperados, as vantagens
são claras, já que o produto final sai ganhando, principalmente na questão da
qualidade e eficiência toda da cadeia produtiva.
No contexto atípico que 2020 nos
proporcionou, o poder do trabalho conjunto, pensando no crescimento de todos de
forma igualitária, tornou-se essencial. A intercooperação ganha força no
mercado e garante um lugar estratégico nas ações pós-pandemia, provando que,
unindo forças, é possível chegar mais longe.
Cracios Clinton Consul - Gerente de
Marketing da Unium
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