Cuidados como uso constante de máscaras e álcool gel devem ser mantidos no Natal e Ano Novo Crédito: Canva |
Ideal é que a confraternização seja realizada apenas com os moradores da mesma casa, já que não existe maneira 100% segura de evitar contágio
Após mais de duzentos dias do início da pandemia no
Brasil, os cuidados sobre como utilizar máscara, lavar as mãos, utilizar álcool
em gel e evitar aglomerações para evitar o contágio da COVID-19 já deveriam ser
conhecidos por todos. Mesmo assim, o número de casos confirmados da doença em
alguns estados é o maior já registrado. E o período de férias e fim de ano tem
preocupado ainda mais os especialistas em relação ao possível aumento ainda
mais crítico no número de casos.
“O ideal é que as pessoas não fizessem nenhuma
confraternização - da empresa ou de fim de ano - com pessoas que não moram em
seu domicílio. Mas, sabemos que isso é complicado, então procurem fazer ao ar
livre, só tirem a máscara no momento da alimentação e, se possível, que as
pessoas só sentem juntas com seu núcleo domiciliar”, explica a médica
infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção
Hospitalar do Hospital Marcelino Champagnat, Viviane Hessel.
Outras dicas importantes são evitar o cumprimento
com contato físico (beijo e abraço), disponibilizar álcool em gel próximo ao
buffet e no banheiro e, se for contar com a presença do Papai Noel, que ele
esteja sempre de máscara e higienize as mãos no momento da entrega dos
presentes. Também é importante não haver contato físico na hora das fotos e
quem sentir qualquer sintoma respiratório não deve ir à confraternização.
O aumento do número de casos não é visto como uma
segunda onda da doença, mas um segundo pico, já que o número de casos e mortes
não chegou a zero em nenhum momento no país. Por isso, o crescimento está
ligado diretamente ao comportamento da população. A médica alerta que o
distanciamento ainda precisa ser respeitado. “Manter o distanciamento físico
quando precisar entrar em contato com outras pessoas, utilizar a máscara o
tempo todo fora de casa, mesmo que esteja em um ambiente de pessoas conhecidas,
dar preferência ao trabalho remoto para evitar transporte público e contato com
mais pessoas e, se tiver qualquer suspeita, ficar em casa”, ressalta a infectologista.
Contágio
A transmissão do coronavírus pode ocorrer até dois
dias antes do surgimento dos primeiros sintomas da doença e seguir até 10 dias
após, nos casos leves da doença, e até 20 dias após o primeiro dia de sintoma
nos casos mais graves, que precisam de internação.
Os principais sintomas da doença são dor de
garganta, tosse seca, dor no corpo e de cabeça e febre (que não acontece em
todos os casos). “As pessoas precisam estar atentas a qualquer um desses
sintomas e, assim que surgirem, avisar o gestor e ficar em isolamento até que
se tire a dúvida. Estamos todos cansados da pandemia, mas precisamos pensar no
coletivo e não expor a um risco desnecessário a nossa família e nossos
conhecidos”, frisa a médica.
Hospital Marcelino Champagnat
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