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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Seconci-SP destaca os fatores de risco para o câncer de mama

  Campanha do Outubro Rosa alerta sobre este tipo de câncer recordista em número de casos e mortes entre as mulheres



Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que, em 2020, serão diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama e 17.500 pessoas irão a óbito por causa dessa doença. Por ocasião da campanha do Outubro Rosa, o ginecologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Wilson Kiyoshi Ueda, destaca os fatores de risco para esse câncer, que está em primeiro lugar no Brasil em número de mortes e de casos de todos os cânceres em mulher (excluídos os tumores de pele não melanoma).

Não existe uma única causa, mas uma soma de fatores de risco. O primeiro deles é a idade, pois quatro de cinco casos acontecem depois dos 50 anos. “Por isso, o protocolo do Ministério da Saúde para rastreamento, visando a detecção precoce em mulheres sem sinais ou sintomas suspeitos de câncer de mama, estabelece que as que têm de 50 a 69 anos façam o exame de mamografia a cada dois anos”, informa dr. Wilson.

Ele enumera outros fatores de risco, como o sedentarismo, obesidade e sobrepeso na pós-menopausa, consumo de bebidas alcoólicas, primeira menstruação antes dos 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter tido filhos, menopausa depois dos 55 anos, uso de anticoncepcional (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona) depois da menopausa. 

Acrescentam-se “os casos de mulheres com risco devido a doses altas ou moderadas de exposição à radiação ionizante, como as que fizeram radioterapia no tórax em idade jovem, para combater o linfoma de Hodgkin. Ou mesmo em doses baixas, mas acumulativas de radiação ionizante, caso daquelas que começaram a fazer mamografia ainda jovens e a realizaram dezenas de vezes”, destaca o ginecologista.

E há os fatores genéticos, como ter parentes consanguíneos com histórico de vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um de ovário, sobretudo antes dos 50 anos com mutações em alguns genes, principalmente, BRCA1 e BRCA2, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo.

O slogan da campanha do Seconci-SP para o Outubro Rosa é “Declare seu amor por você” e o primeiro passo é fazer mensalmente o auto exame. “Para as que menstruam, o recomendado é que seja feito logo após a menstruação. Para as que estão na menopausa, a orientação é que escolha um dia do mês e faça regularmente sempre naquele dia. Mas eu costumo ir além: faça sempre que lembrar, especialmente durante o banho”.

Dr. Wilson afirma que há muitos tipos de câncer de mama, mas os principais sinais e sintomas, que despertam um alerta são: qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos, nódulo mamário em mulheres jovens que persistem por mais de um ciclo menstrual, nódulo fixo e endurecido que aumenta de tamanho em mulheres adultas de qualquer idade, caroço debaixo do braço, pele como uma casca de laranja, retração do mamilo ou, quando este for apertado, dele sair um líquido sanguinolento, e a pele da mama que descama e mesmo com tratamento e hidratação, o problema persiste.

“Caso percebam qualquer dessas alterações nas mamas, a orientação é procurar atendimento médico em uma unidade de saúde para um diagnóstico precoce do câncer, o que contribui para a redução da gravidade do estágio da apresentação da doença”, enfatiza dr. Wilson.

 

Prevenção primária

“Boa parte das vezes, quando surgem esses sinais e/ou sintomas, a doença está instalada. Entre as formas de prevenção, recomenda-se alimentação saudável, evitar o consumo frequente de bebidas alcoólicas, praticar exercícios físicos, manter o peso corporal adequado e amamentar, que é um importante fator de proteção”, relata o especialista.

Nesse contexto, as consultas anuais ao ginecologista ou sempre que há um problema ou alteração também são vitais. “No Seconci-SP, dispomos de toda a estrutura para assegurar a detecção do câncer de mama através do diagnóstico precoce (mulheres com sinais e sintomas) e do rastreamento bianual (nas que têm de 50 a 69 sem sinais ou sintomas), como ginecologista, mastologista, exames de mamografia e ultrassonografia, além de darmos as orientações e fazermos os encaminhamentos necessários, dependendo do caso”, finaliza dr. Wilson.


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