Diretor médico da Cia. da Consulta fala de condições de saúde que mais atingem adultos e crianças nessa época do ano e ensina como evitá-los
Rinite alérgica, conjuntivite e asma estão entre as
doenças alérgicas mais comuns na época mais florida do ano: a primavera.
Com início no dia 23 de setembro até 22 de dezembro, a estação também é
caracterizada pelo alto índice de umidade, tempo seco e pelo desabrochar de
diversas espécies de flores – o que aumenta a concentração de partículas de
pólen no ar. A junção de alterações climáticas, com a polinização das
flores, processo de reprodução em que grãos de pólen circulam em maior
quantidade pelo ar, pode favorecer o surgimento e a também a piora de algumas
condições, a exemplo de alergias.
“É justamente o pólen no ar, somado à condição de
tempo mais seco, que contribui para o aparecimento de reações alérgicas em
adultos, crianças e até bebês”, explica Felipe Folco, pediatra e diretor médico
da Cia. da Consulta.
De acordo com dados da Associação Brasileira de
Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% dos brasileiros têm algum tipo de
alergia -- desse percentual, aproximadamente, 20% são crianças. Por isso, nesta
época do ano, muitas podem piorar.
O médico explica que entre os sintomas mais comuns de tais condições estão espirros, coceira no nariz e nos olhos, coriza, falta de ar e tosse. O aumento na quantidade de fungos e ácaros nos ambientes – fator que potencializa os problemas respiratórias, a exemplo de rinite alérgica – também é favorecida devido ao aumento de temperatura e umidade.
Por isso, a fim de evitar que o desenvolvimento e
agravamento destas doenças, Dr. Felipe Folco ensina algumas medidas fáceis e
preventivas, a exemplo de manter sempre os ambientes bem arejados e, se
possível, facilitar a entrada de raios solares, para evitar umidade. Uso e
contato com carpetes, tapetes e móveis que acumulem pó também deve ser
evitado.
“Nos cuidados com as crianças, é importante saber que brinquedos e bichos de
pelúcia devem ser bem guardados e não largados ou amontoados juntado pó, por
exemplo”, ensina.
Mas não são apenas as alergias que prevalecem nesta época do ano. Outras doenças também podem ser mais frequentes na estação, a exemplo da roséola infantil, causada pelo herpes, vírus humano tipo 6.
“A doença costuma
se manifestar até 15 dias após o contágio, provocando febre alta, erupção
cutânea de cor avermelhada e bastante irritabilidade. O tratamento é feito com
antitérmicos e o bebê não deve ter contato com outras crianças”, explica
Felipe. A roséola costuma ter evolução sem complicações.
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