A data chama atenção para uma das doenças genéticas com maior incidência entre os brasileiros e que ainda segue com poucas alternativas de tratamento
Neste 27 de
outubro (terça-feira) é o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com
Doença Falciforme, que busca dar visibilidade a uma das enfermidades genéticas
e hereditárias mais comuns no Brasil. Estima-se que a anomalia afete um a cada
4 mil nascidos vivos.
De acordo
com o Ministério da Saúde, existem entre 50 mil e 100 mil pacientes brasileiros
diagnosticados com anemia falciforme no Brasil: cerca de 3.500 novos casos por
ano. A doença falciforme é caracterizada por um defeito no formato das
hemácias, as células responsáveis por levar oxigênio para o sangue. Em vez de
os glóbulos vermelhos terem o seu formato redondo e maleável, eles passam a ter
o formato de foice e ficam endurecidos. Isso pode causar entupimentos em veias
e artérias, sob o risco de infarto, derrame ou crises no fígado e nos rins.
O principal
sintoma de quem sofre com a doença falciforme é a dor, que chega a ser
incapacitante. “A doença acomete de forma majoritária negros e pardos, mas
devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser
observada nos socialmente percebidos como brancos”, explica Carolina Cohen,
sócia-fundadora da Colabore com o Futuro.
A Colabore
com o Futuro, junto com um grupo de entidades que representam os portadores da
doença, reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
“O nosso objetivo é garantir longevidade com qualidade de vida para esses
pacientes”, aponta.
Os avanços
da indústria farmacêutica mostram que há diversos caminhos para reduzir os
sintomas desses pacientes. Recentemente, o laboratório Novartis anunciou o
lançamento de um crizanlizumabe, que é o primeiro medicamento desenvolvido
especificamente para a doença falciforme.
A
iniciativa luta para facilitar o acesso a esse e outros tipos de tratamentos,
tanto no sistema público de saúde, quanto no sistema privado. A coalizão é
formada pela AAFESP (Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo),
ABDFAL (Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme), ABRADFAL
(Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme), AFALP (Associação
das Pessoas com Doença Falciforme do Paraná), APDFAL, APROFE (Associação
Pró-Falcêmicos), DREMINAS, FENAFAL, IBRAFH, Associação Karoliny Vitoria e ONG
Lua Vermelha.
A Colabore
Com o Futuro atua em quatro pilares: engajando a sociedade a participar dos
processos de decisões em saúde e financiamento; incentivando a sociedade civil
a mudar hábitos para prevenção de doenças; mobilizando o governo para ações de
incorporação de medicamentos; e propondo projetos de lei junto a políticos.
Sobre a Colabore Com o Futuro
A
Colabore com o Futuro é o primeiro negócio social de advocacy
da América Latina e convoca a sociedade a participar das decisões de saúde
junto ao governo, criando de maneira transparente e sustentável políticas
públicas mais democráticas, justas e efetivas. A organização é a força que une
a população, o mercado e os representantes da administração pública em torno de
um sistema que garanta o acesso à saúde para todos.
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