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Agosto e com ele a campanha de
vacinação contra a raiva - vírus quase 100% letal. Muito embora a doença tenha
sido erradicada das grandes metrópoles, algumas cidades já voltaram a registrar
casos. A raiva é uma zoonoses, ou seja, é uma doença infecciosas capaz de
ser naturalmente transmitida entre animais e seres humanos. Todos os mamíferos
podem ser contaminados através de um ciclo, conforme explica a especialista da
Nutrire, Dra. Luana Sartori.
“Animais silvestres como morcegos,
por exemplo, podem infectar cachorros, gatos e humanos por meio da troca de
secreções, contato sanguíneo ou, claro, uma mordida”, explica. Após infectado,
todo o sistema nervoso da pet é atingido, fazendo com que o vírus se atinja
diversos órgãos e se proliferando nas glândulas salivares. Identificar os
sintomas da raiva é importante para que o tratamento seja feito rapidamente e
os sintomas aliviados, pois a raiva ainda não tem cura. “Muitos acreditam que
cães infectados apenas salivam intensamente, mas tudo vai depender da fase em
que o vírus se encontra”, explica.
Em um primeiro momento, os sintomas
podem estar relacionados à depressão, ansiedade, agressividade e demência.
“Quando a doença se agrava, o animal apresenta dificuldade de engolir,
salivação, descontrole muscular e paralisia. Se o tutor agir antes dessa fase
pior, o pet pode ter uma sobrevida mais digna, sem sofrimento”, diz. Para a
especialista, levar o animal ao veterinário e manter a carteira de vacinação em
dia é obrigação do tutor. “A posse responsável não inclui apenas brincadeiras e
diversão, mas a garantia de que o pet tenha uma vida saudável, sempre
acompanhada por um médico veterinário”, diz Luana.
Ela explica que a vacinação é
obrigatória, pois é única forma de prevenção da raiva, e deve ser feita
anualmente por um veterinário de confiança. “Boa parte dos tutores acredita que
isso não é importante, especialmente para os animais que vivem nas áreas
internas, em apartamentos e sem acesso à rua. No entanto, a regra vale para
todos os pets”, alerta. Ao mesmo tempo, algumas pessoas têm medo que o animal
sofra com reações às vacinas, mas isso não pode ser empecilho para não fazer o
controle, especialmente das zoonoses. “Ao ser vacinado, cães e gatos podem
ter reações por resposta excessiva do sistema imune ou ainda por alegrias às
substâncias da vacina, por isso, todo processo de vacinação deve ser feito em
uma clínica veterinária séria e de confiança”, aconselha.
Luana explica que sintomas leves como
dor no corpo, no local da aplicação e temperatura mais alta são comuns, mas que
devem desaparecer em 24 horas. “Deixar o animal quietinho, bem acomodado,
alimentado e seguro é o suficiente para esses casos”, explica. A preocupação
deve ser maior se o pet apresentar agitação contínua, salivação excessiva,
Vômitos e Tremores. “O retorno ao veterinário deve ser imediato se houver
desconfiança de reação alérgica, assim, o pet será tratado com rapidez e se
recuperará sem sequelas”, finaliza. A raiva é uma doença cruel e fatal, mas tem
prevenção. E, como diz o ditado, prevenir é sempre o melhor remédio.
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