Neste Dia do Cardiologista, celebrado em 14
de agosto, médico especialista explica como problemas associados ao estresse,
raiva, ansiedade e tristeza podem comprometer a saúde
“Boa
parte dos pacientes com doenças psicossomáticas procuram primeiro o
cardiologista com medo de estar com uma doença cardíaca”. A frase é do
cardiologista Vinícius Marques Rodrigues (CRM 10224), que atende no centro
clínico do Órion Complex, e dá uma mostra de como o coração é sensível às
emoções. Isso porque sentimentos como raiva, angústia, ansiedade e tristeza têm
a capacidade de fazer com que o cérebro produza hormônios que aumentam a
frequência cardíaca e a pressão arterial provocando arritmias e dores no peito.
Neste dia 14 de agosto, quando é celebrado o Dia do Cardiologista, o
médico explica que, mais que um corpo saudável proveniente de bons hábitos
alimentares e exercícios físicos, é importante manter também, a mente sã.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem
vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega
a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos.
Algumas das doenças do coração estão associadas a sentimentos ruins. “O aumento
de liberação de hormônios produzidos com estresse e raiva aumentam a pressão
arterial e a frequência cardíaca, levando a um risco maior de infarto do miocárdio
e derrame cerebral”, explica o cardiologista.
A
frequência cardíaca é o resultado do estado emocional trabalhando em uma via de
mão dupla com o cérebro. “O excesso de hormônios produzidos na região cerebral
caem na corrente sanguínea e afetam o coração. A adrenalina,
noradrenalina e cortisol, que estão mais relacionados a sentimentos ruins,
aceleram os batimentos, já a ocitocina e a vasopressina tem efeito contrário e
estão relacionadas ao prazer e bem estar”, detalha Vinícius.
O
cardiologista busca afastar sintomas físicos com exames complementares que
avaliam a forma e a função do coração, como holter 24h, eletrocardiograma,
ecocardiograma, teste do esforço, além de outros exames, se necessário. Pode
recomendar ainda a realização de exames de sangue e dosagens hormonais. Ao
diagnosticar problemas cardíacos com origem emocional, o tratamento deve ser
uma mudança de hábitos, mas Dr. Vinícius alerta que, em alguns casos, é
necessário também prescrever medicação. “É sempre importante fazer atividades
físicas, terapias com yoga, pilates, atividades que trabalham com a mente e o
corpo. Já a psicoterapia pode ter bons resultados em casos moderados. Nos mais
complexos temos que iniciar tratamento medicamentoso”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário