O impacto do estresse na vida de cães
foi por muito tempo subestimado, mas hoje sabemos que ele existe e que, além de
impactar no bem estar dos pets pode levar a problemas de saúde. A manifestação
do estresse pode ocorrer de forma fisiológica (aumento da frequência cardíaca),
comportamental (manifestações de agressividade, agitação, incapacidade de
relaxar) e sintomática (no caso de distúrbios gastrointestinais). De maneira
geral, as manifestações de estresse ocorrem por influência de hormônios que são
liberados como resposta à estímulos estressores e podem atuar provocando sinais
gastrointestinais, como diarreia, vômito, gastrites e úlceras. Dessa forma, é
preciso ficar atento aos sintomas como vômitos ou mudanças no apetite. Ao notar
sinais como estes, é recomendado levar o pet ao veterinário e, uma vez
diagnosticado o problema, investir em uma alimentação específica para
complementar o tratamento.
"Existem alguns desencadeadores
comuns de estresse em cães como mudanças bruscas na rotina diária do pet, com
exposição à novas pessoas e lugares", explica Brana Bonder, médica
Veterinária e supervisora de Assuntos Veterinários Hill’s Pet Nutrition.
"Esse estresse pode causar alterações digestivas e, com o diagnóstico do
profissional, é recomendado oferecer uma alimentação com todos os nutrientes
necessários para a sua recuperação", completa.
A Hill's Prescription Diet Gastro
Intestinal, da Hill's Pet, é indicada para os casos de distúrbios digestivos em
cães, pois auxilia na boa absorção dos nutrientes capazes de ajudar na
recuperação do animal. Este alimento conta com ingredientes de alta
digestibilidade e adição de fibras, características que ajudam na absorção de
nutrientes e no estabelecimento da microbiota intestinal benéfica. Além disso,
o alimento possui combinação de eletrólitos, o que colabora para o
restabelecimento do equilíbrio de eletrólitos alterados pelo vômito e pela
diarréia.
De acordo com Brana Bonder, para
aqueles animais que estão com o apetite diminuído é possível oferecer o
alimento na
forma úmida de forma exclusiva ou combinado com o alimento seco. " O
alimento úmido, por possuir maior teor de água, pode ser considerado mais
palatável por alguns animais. Além disso, ele contribui para a hidratação do
animal, fator importante já que o cão perde água pela diarreia, o que pode
culminar em desidratação. Neste período de recuperação recomenda-se, também,
evitar petiscos ou outros tipos de alimentos".
Como reduzir os
fatores de estresse para os cães
Existem algumas medidas que os tutores
de cães podem tomar para evitar ou reduzir o estresse nos animais, vamos ver
algumas delas:
1. É essencial que o tutor saiba diferenciar comportamentos
normais de sinais de estresse. Dessa forma é possível diferenciar se o cão está
lambendo as patas por ansiedade ou porque quer um petisco, ou pedindo algo, por
exemplo. Quando o cão está relaxado suas orelhas estão semi eretas ou voltadas
para frente, a boca está relaxada e a distribuição do peso está nas quatro
patas. Sempre que o cão manifestar sinais de estresse deve-se retirar o
estímulo estressante o mais rápido possível.
2.
Se o cão estiver estressado deve-se
resistir a tentação de confortá-lo em excesso. Esse comportamento apenas
reforça o medo no animal e faz com que ele fique menos confiante no futuro. Uma
estratégia que pode auxiliar é o fornecimento de petiscos como recompensa por
um comportamento rotineiro, como por exemplo após o comando de “senta”. Com
isso é possível distrair o animal e gerar um senso de normalidade na situação.
Os comandos “senta”, “deita” e “rola” podem ser muito úteis para acalmar um cão
em momentos estressantes.
3.
Existem alguns meios de reduzir o
estresse nos animais que podem ser implementados na rotina do tutor com o seu
cão. Assim como para seres humanos, o exercício físico pode ser um bom aliado,
então é importante que caminhadas e brincadeiras estejam sempre presentes.
Estratégias de enriquecimento ambiental também podem ser bastante úteis, como
por exemplo a disponibilidade de brinquedos e o uso de dispositivos específicos
de alimentação, que obrigam o cão a interagir para se alimentar. Manter o
animal entretido durante certo tempo é uma maneira eficaz de reduzir o
estresse.
4.
O uso de estímulos sonoros também pode
deixar o animal menos estressado. Em um estudo com animais de abrigo, o uso de
música clássica reduziu os sinais de estresse dos animais e é uma estratégia
simples para utilizar com os pets em casa para reduzir ansiedade de separação,
por exemplo.
5.
Cães são animais de matilha e muitos
estudos comprovaram que o contato social com outros animais e seres humanos é
importante para o bem estar. Dessa forma, a socialização com outros cães e
seres humanos também deve estar na rotina do pet.
6.
Se o cão estiver constantemente
estressado, é interessante buscar auxílio de profissionais comportamentalistas
para avaliar os problemas relacionados ao gatilho do estresse e fornecer o
melhor manejo possível.
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