Ansiedade e medo, em decorrência da pandemia, podem impedir das pessoas de terem decisões acertivas nos negócios com os pés no chão (Foto: Karina Carvalho |
Atente-se
aos 5 passos para não cair em armadilhas indicados por advogados, psicólogos e
especialista
Com mais de 100 mil pessoas mortas no Brasil em decorrência do
coronavírus, cresce um sentimento nos brasileiros: o medo. Esse sentimento não
tem relação apenas com a preservação da vida, em excesso as pessoas tendem a
ficar acuadas, ter depressão, e terem a ideia fixa de que irão ficar sem
trabalho e sem condições financeiras para se manterem. Para a professora de
psicologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná), o medo é bem-vindo num
primeiro momento, pois nos leva a tomar atitudes para enfrentar um perigo. O
problema é quando temos o excesso desse sentimento.
Em março e abril, início da pandemia no Brasil, 1,1 milhão de
vagas com carteira assinada foram fechadas. Somado os empregos formais com os
informais, a taxa de desemprego chegou ao recorde de 12,6%, segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Muitos desses
brasileiros que ficaram desempregados enxergam no empreendedorismo o caminha
para se reerguer. Todavia, não analisam o momento da vida que estão, se estão
com equilíbrio emocional para aguentar esse período pouco previsível que
estamos, e se estão dispostos a analisar bem o negócio/franquia antes de
investir o aporte que tem. É preciso uma análise interna, antes de investir em
um negócio próprio ou em um modelo de franquia", explica Thaís Kurita,
advogada especializada em franchising da Novoa Prado advogados.
De 55 países analisados pela Global
Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado em 2020 com dados de 2019, o Brasil
está entre os dez primeiros países onde a falta de emprego é o que impulsiona o
brasileiro a empreender.
Somado o medo em decorrência de um momento
nunca vivido pela população, em decorrência da pandemia, o desemprego a números
recordes, e a necessidade de empreender por sobrevivência, Adriel Braga,
Gerente de expansão do CEBRAC e Thaís Kurita, advogada da Novoa Prado e especializada em
franchising lista 5 dicas para não cair em armadilhas no investimento do seu
negócio/franquia nesta pandemia:
1) Se atente a COF (Nova Lei de Franquia de Março de 2020)
Caso você opte por investir em um modelo de franquia, pesquise o
segmento que deseja investir e leia todas as COFs (Circular de Ofertas) de cada
franquia. A nova lei de franquia traz mais transparência a dados que outrora
ficavam apenas no contrato. Como multas, contatos de franqueados existentes e
que já saíram do modelo de negócio, qual o valor do aporte necessário,
projeções de faturamento, e etc. Leia, fale com franqueados, e analise bem
várias opções antes de optar por uma franquia. Aconselha Thaís Kurita, advogada
da Novoa Prado especializada em franchising.
2) Analise o suporte da franqueadora e/ou estude bem como
operar um negócio caso não opte por franquia
Em um momento tão instável como atual, aconselhamos ao indivíduo
a optar pelo modelo de franquias. Por ser um modelo já testado e que já passou
por outras crises políticas/econômicas no país. Analisar desde o estudo do
ponto ao treinamento que terá são alguns dos deveres de casa do novo
franqueado. No CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), por exemplo, temos a
Unicebrac que é uma verdadeira universidade para treinar novos franqueados e
colaboradores. Pesquisar qual suporte terá antes, durante e após a compra da
franquia é essencial para o sucesso da franquia que você optar. Esclarece
Adriel Braga, Gerente de expansão do CEBRAC.
3) Respeite o seu emocional
Esse conselho parece óbvio, mas como advogada percebo que muitos
candidatos a franqueados se preocupam com o aspecto legal e não com o seu
mental. Isso porque na circular de oferta há dados importantes como a operação
da franquia. Se é necessário trabalhar aos finais de semana, carga horária
exigida para o negócio operar bem, dedicação necessária desse franqueado no
operacional, entre outros. Por isso, a importância desse candidato avaliar a
sua vida. Estou em uma fase que posso me dedicar 100% ao negócio?! Devo ter
sócio?! Tenho equilíbrio para abrir um negócio no meio da pandemia?! São
aspectos essenciais a serem avaliados antes de investir as suas economias em um
negócio. Evidencia Thaís Kurita.
4) Pondere se está disposto(a) a mudar de cidade
Há muitos candidatos a franqueados que na ânsia de ter um
negócio lucrativo acreditam que lidaram bem com o fato de mudar de estado e/ou
região. Há muitos praças no interior com potencial para crescimento e
perspectiva de qualidade de vida e lucratividade, porém somado a esses aspectos
positivos vêm os ônus do início de qualquer negócio. Que são: a dedicação full
time ao negócio, ficar longe de amigos e familiares, e etc. O candidato deve
ponderar se tem estrutura mental/emocional para esta fase. Os ganhos surgem e
não demoram a surgir dependendo da franquia. No CEBRAC, por exemplo, a margem
de lucro pode chegar a 25% do faturamento bruto. Estamos falando de 40 mil
reais mensais dependendo da praça. Logo, analisar o momento da vida atual, se
compensa investir em mais de um negócio para se manter na cidade de origem e/ou
mudar de local é importante para o sucesso do empreendedor.
5) Fuja da promessa de lucros imediatos
Seja no mundo do franchising ou fora dele não acredite em milagres.
O valor do aporte que você fará no negócio será proporcional ao projetado para
o lucro. Logo, distribua bem os recursos financeiros que possui e não coloque
todos no mesmo negócio. Lembre-se da reserva de emergência e do conselho tão
antigo das nossos avós: não coloque todos os ovos na mesma cesta. A lei é
diversificar. Finaliza Kurita, advogada especializada em franchising.
CEBRAC - Centro Brasileiro de Cursos
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