Apesar do cenário mundial desafiador, exportações de café de Brasil em julho deste ano bateram o segundo maior recorde para o mês em termos de volume
Em julho deste ano, o país exportou 3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para um mês de julho já registrado, apesar do atual cenário de pandemia por coronavírus. A receita cambial gerada pelos embarques foi de US$ 356,8 milhões, equivalente a R$ 1,9 bilhão, o que representa um aumento de 22,3% em reais em relação a julho de 2019. Já o preço médio da saca de café foi de US$ 117,4. Os dados são do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Em relação às variedades embarcadas no mês, o café arábica correspondeu a 74,4% do volume total das exportações, equivalente a 2,3 milhões de sacas. O café conilon (robusta) atingiu a participação de 14,7%, com o embarque de 446,4 mil sacas, enquanto que o solúvel representou 10,9% das exportações, com 331,8 mil sacas exportadas.
"Os
volumes de exportação registrados em julho mostram que iniciamos bem o ano
cafeeiro, com uma boa entrada do café brasileiro no mercado e bons resultados
em reais. Apesar do cenário de crise gerado pela pandemia, os resultados
indicam que o agronegócio café irá se consolidar nos próximos meses com
qualidade e sustentabilidade e, principalmente, tomando os cuidados necessários
em relação aos protocolos privados, desde a colheita, passando pelos armazéns,
transporte e chegando com segurança ao consumidor. Temos informações dos
Estados produtores de que a colheita está em um ritmo muito bom, tanto em
volume quanto em qualidade, o que sinaliza uma boa performance para o ano
cafeeiro”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Ano
civil
No período de janeiro a julho deste ano, as exportações de café atingiram 22,9 milhões de sacas. Neste caso, o volume exportado também representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo no período.
A receita cambial foi de US$ 3 bilhões, equivalente a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 29% em reais em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,9/saca, registrando crescimento de 3,2%.
Entre
as variedades embarcadas de janeiro a julho, o café arábica representou 78,4%
do volume total exportado, equivalente a 18 milhões de sacas, enquanto que o
café conilon (robusta) atingiu a participação de 11,2%, com o embarque de 2,6
milhões de sacas, e o solúvel representou 10,3%, com 2,4 milhões de sacas.
Entre as variedades, as exportações de conilon se destacaram no período ao
registrarem crescimento de 15% em relação a janeiro a julho de 2019.
Principais
destinos
No ano civil (jan-jul), os dez principais destinos de café brasileiro foram: os Estados Unidos, que importaram 4,3 milhões de sacas de café (18,6% do total embarcado no período); a Alemanha, com 3,9 milhões de sacas importadas (17,1% da participação total no período); Itália, com 1,8 milhão de sacas (8,1%); Bélgica, com 1,7 milhão (7,2%); Japão, com 1,2 milhão de sacas (5,1%); Federação Russa, com 755,8 mil sacas (3,3%); Turquia, com 736,4 mil sacas (3,2%); Espanha, com 568 mil sacas (2,5%); México, com 537,4 mil sacas (2,3%) e Canadá, com 482,5 mil sacas (2,1%).
Entre os principais destinos, o México e a Federação Russa registraram os maiores crescimentos no consumo de café brasileiro no ano civil, com aumento de 31,3% e 22,2%, respectivamente.
Já
entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 21,1% nas
exportações para os países da América do Sul; 49,8% para a África; 94,8% para a
América Central; 24,5% para os países do BRICS; 15,6% para o Leste Europeu,
além do aumento de 41,3% nos embarques para os países produtores de café.
Diferenciados
No ano civil, o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas de cafés diferenciados (que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O volume, que foi o segundo maior embarcado para o período nos últimos cinco anos, corresponde a 16,6% do total de café exportado de janeiro a julho deste ano.
A receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados do Brasil foi de US$ 625,6 milhões, representando 21,1% do total gerado pelo Brasil em receita com as exportações no ano civil de 2020 até agora.
Os
principais destinos de cafés diferenciados foram: EUA, que importaram 660,7 mil
sacas (17,3% do volume total do tipo de café embarcado no ano civil); Alemanha,
com 551,2 mil sacas (14,4% de participação); Bélgica, com 486 mil sacas (12,7%);
Japão, com 326 mil sacas (8,5%); Itália, com 271,6 mil sacas (7,1%); Espanha,
com 176,4 mil sacas (4,6%); Reino Unido, com 140,7 mil sacas (3,7%); Suécia,
com 127,6 mil sacas (3,3%); Canadá, com 112,5 mil sacas (2,9%) e Países Baixos,
com 100,7 mil sacas (2,6%).
Portos
O
Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano civil
de 2020, com 79,9% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 18,3
milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 12,6%
dos embarques (2,9 milhões de sacas).
Cecafé
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