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domingo, 2 de agosto de 2020

5 dicas infalíveis para definir a estante em casa

Arquiteta Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura e Design, prepara um guia completo que orienta sobre a escolha o móvel ideal

Estantes transformam a decoração

Projeto: Patricia Penna Arquitetura e Design

As estantes sob medida chamam atenção não apenas pelo visual, mas também pelos vários papéis que cumprem no projeto. Desde dividir ambientes, sem isolá-los totalmente, até expor coleções, objetos de decoração, livros e porta-retratos, elas organizam os espaços e valorizam lembranças.

Suas dimensões, estilos, acabamentos e materiais devem ser analisados antes da compra ou execução. Polivalentes, as estantes podem estar em todos os ambientes!

Procurando ajudar na difícil missão de definir a estante ideal, a arquiteta Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura e Design, reuniu diversas dicas infalíveis. Em uma estante tudo é possível, incluindo a mistura de materiais, cores e funções. O mais importante é considerar a sua relação com o ambiente”, afirma a profissional.

Confira a seguir:

 

1) Estantes sob medida:

Para começar esse guia completo sobre estantes, Patricia pontua as vantagens de contar com a execução sob medida. “Sem dúvidas, é a melhor alternativa para criar um móvel que atenda aos mais específicos desejos e funções”, explica Patricia Pena.

Estante feita sob medida com acabamento em pintura gofrato

Projeto: Patricia Penna Arquitetura e Design

Foto: Sergio Israel

Estar atento às medidas é importante. Em linhas gerais, a recomendação é não projetar vãos muito baixos, pois seu acesso é dificultoso. Ou seja, um afastamento de 30 a 35 cm do piso, no mínimo, já permite um conforto maior. O vão entre prateleiras pode também seguir estas mesmas medidas. Desse modo, itens como livros, vasos de plantas e adornos, em geral, caberão. Caso haja a necessidade de um vão maior, para um objeto especifico (como uma escultura, ou um quadro), as dimensões, certamente, podem ser ajustadas.

“É importante haver a definição do que a estante acomodará para, também, haver um cálculo do peso que ela deverá suportar”, comenta a arquiteta.

 

2) Ilmuminação de estantes: 

O próximo passo é pensar na iluminação da estante. Os dois sistemas mais usados em projetos são: iluminação no forro, com embutidos ou peças de sobrepor direcionáveis, e as fitas de LED, instaladas na estante. Em ambos sistemas, é possível criar efeitos bastante interessantes, desde uma atmosfera aconchegante e intimista, à iluminação mais “alegre” e forte.

 ”Naturalmente, a iluminação ideal dependerá da função que a estante exerce no ambiente, bem como do que estará exposto nela”, explana Patricia Penna.

Iluminação da estante valoriza os objetos expostos

Foto: Marco Tiê

A instalação de LED pode ser feita nas laterais da estante, ou em suas prateleiras. Tudo dependerá do desenho e construção da estante. A luz será sempre difusa, uniforme e agradável aos olhos, perfeita para uma atmosfera aconchegante e intimista. Mas, atenção à temperatura de cor da luz, bem como sua intensidade.

A iluminação instalada no forro, em linhas gerais, tende a focar e pontuar o que quer que esteja no móvel. Ela é ideal para dar destaque a obras de arte, peças de decoração e toda sorte de objetos dispostos, que mereçam atenção maior. Novamente, atenção à temperatura de cor da lâmpada e sua intensidade, para que o resultado desejado seja atingido;

Há ainda a alternativa super charmosa de prender uma luminária articulada na estante, seja no topo ou em algum trecho dela. A luminária pode ser usada para dar destaque para algum item, ser direcionada para outro ponto – ou ainda ser usada como luminária de leitura!

 

3) Materiais: 

Existem muitos materiais e acabamentos que podem ser usados na execução de estantes: madeira, vidro e metal são alguns deles. Segundo a arquiteta, a escolha deve estar diretamente associada ao tipo e peso de objetos que serão acomodados na peça, bem como estar vinculada, também, ao resultado estético. “Avaliar a resistência e a durabilidade do material é fundamental para a tomada de decisão”, comenta.

Cada material possui suas vantagens, desvantagens e aplicações mais indicadas. A madeira natural, por exemplo, é em geral resistente ao peso e deformidades. Dependendo do acabamento que receber, torna-se mais resistente à impacto e umidade, principalmente quando com é tratada com vernizes e impermeabilizantes. No mercado existem múltiplos tipos, do rústico ao contemporâneo.

O MDF laminado, aquele que vem pronto de fábrica, tem a vantagem do custo-benefício e uma gama de acabamentos: brilhantes, opacos, madeirados e lisos. Ele também é resistente aos impactos (com as devidas precauções), porém não possui a mesma defesa contra a umidade, sobretudo quando esta atinge o cerne do material. A luz solar e o calor excessivo podem alterar sua integridade física. Outro detalhe é a finalização das quinas. Por tratar-se de uma matéria-prima “pronta”, fitas de acabamento são necessárias e, nem sempre, são agradáveis aos olhos ou permitem bons resultados.

Há ainda o MDF cru, que pode receber lâminas naturais de madeira ou pinturas do tipo “laca”. As possibilidades de acabamento são, também, muito diversas, mas o custo de execução aumenta em torno de 30%, no mínimo. Estes são menos resistentes à impactos e igualmente frágeis à umidade. A luz solar e calor excessivo também podem alterar suas características.

Já o vidro é delicado, fluido, mas tem limitações quanto às dimensões e aplicabilidades. Nesse caso, os modelos vão do clássico ao super moderno.  Seu custo, em geral, varia muito. O metal, por sua vez, é polivalente! Pode ser acompanhado da madeira, do laminado, do vidro ou dele mesmo!

Sendo possível receber as mais diversas pinturas e finalizações: rústicos, acetinados, brilhantes, metalizados etc. “A mistura de materiais também é muito bem-vinda! O resultado pode ser incrível e ainda mais original”, enfatiza a profissional. Uma estante com acabamento madeirado pode receber nichos ou prateleiras pintados, metálicos, em vidro ou até mesmo, couro.


Estante de madeira com apliques em couro prespontado

Projeto: Patricia Penna Arquitetura e Design

Foto: Marco Tiê

 

4) Estantes na cozinha: 

Engana-se quem pensa que a cozinha não pode receber uma estante. Afinal, o espaço pede sim um móvel bonito e funcional para eletrodomésticos e louças. Móveis abertos deixam objetos a mostra, porém os deixam mais suscetíveis à poeira e demandam constante cautela. Já uma estante com portas, ainda que com alguns nichos abertos, permite maior liberdade quanto ao que será armazenado e maior proteção à objetos delicados.

Estante com fundo em inox e prateleiras com acabamento melamínico apoia os utensílios domésticos na cozinha. Projeto: Patricia Penna Arquitetura e Design

Foto: João Paulo Duque

 

5) Estantes dividindo ambientes: 

Essas peças ainda podem servir de divisórias entre ambientes, delimitando os espaços de forma sutil. “Realizamos um projeto residencial onde uma estante metálica com fechamento em vidro foi proposta para o living. Executada sob medida, ela serve de expositor de objetos de arte, taças e copos, além de divisória, pois “separa” o hall social, do jantar. Minimalista e funcional”, exemplifica a arquiteta.

Este é, então, um exemplo dentre muitos, onde estantes saem da mera função de armazenagem ou exposição adornos, livros e objetos, assumindo um papel na arquitetura e layout do ambiente.

 

Estante metálica com fechamento em vidro da Ornare delimita ambientes com leveza | Projeto: Patricia Penna Arquitetura e Design | Foto: Leandro Moraes

 



Patrícia Penna - a arquiteta é destaque de mostra de decorações no Brasil e no exterior. Com a equipe multidisciplinar que faz parte do escritório Patrícia Penna Arquitetura & Design, assina projetos de arquitetura e design de interiores nas áreas residenciais, corporativos e institucionais.

 


Patrícia Penna Arquitetura & Design

Rua Armando D’Oliveira Cobra, 50 – São José dos Campos
(12) 3209-9785
www.patriciapenna.arq.br
@patricia_penna_arquitetura


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