A
sensação de azia e “queimação” na boca do estômago, sintomas conhecidos da
doença do refluxo gastroesofágico, não significa necessariamente uma ida à
endoscopia. Os sintomas podem ir além da queimação no trajeto do esôfago e
incluem gosto ácido na boca, além disso, podem surgir complicações como
ulcerações no esôfago, caracterizado por alterações específicas da mucosa do
órgão e aumento da probabilidade de câncer.
Segundo
o cirurgião endoscópico, Helmut Poti, é importante identificar se os sintomas
vão além da queimação para que seja realizada a endoscopia. “Caso o paciente
apresente sintomas como sangramento, vômito recorrente, falta de apetite e
dificuldades ao engolir podem levar ao exame”, explica. A endoscopia é indicada
para identificar doenças como gastrite e refluxo gastroesofágico.
De
acordo com o médico o exame é feito usando um tubo flexível (endoscópio) que
possui na ponta um chip, responsável por capturar as imagens do sistema
digestivo, como uma câmera. É importante que o paciente deva estar acompanhado,
pois durante o exame ele irá ser sedado e isso o deixará impossibilitado de
conseguir se locomover sozinho. “Depois que os sedativos fizerem efeito, o
endoscópio é inserido, por meio do esôfago, no estômago e no duodeno. O chip
captura as imagens e as passa para uma máquina processadora, que exibe as
imagens por uma tela em tempo real”, esclarece.
Mudanças
do estilo de vida podem aliviar significativamente os sintomas de queimação. De
acordo com o médico, algumas alterações como elevar a cabeceira da cama a uma
altura de 15 a 20 centímetros, pode dificultar a subida de suco gástrico pelo
esôfago. “Dormir deitado sobre o lado esquerdo costuma reduzir e aliviar a
queimação, evitando também que leve a complicações dos sintomas como o
refluxo”, afirma.
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