No Dia Mundial
da Infância, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) mostra
como incentivar as crianças a cuidarem da saúde bucal;
Problemas
odontológicos comuns como cáries e doença periodontal podem ser evitados com
consultas periódicas ao odontopediatra
Educar as
crianças sobre a importância da higiene bucal diária é uma tarefa que exige
paciência e criatividade. Desde cedo, a escovação
deve ser um hábito diário e deve contar com a supervisão de um adulto no
momento da limpeza.
Segundo
Claudia Cinelli, odontopediatra e membro da Câmara Técnica de Odontopediatria
do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a recomendação é
fazer a higiene ao acordar e sempre após as refeições. “A escova de dente deve
ter cerdas macias e cabeça pequena para facilitar os movimentos e o creme
dental precisa conter flúor, uma concentração mínima de 1.100 ppm, pois
como comprovado cientificamente, essa quantidade é efetiva para prevenção de
futuras cáries ”, diz a especialista.
Sobre a
quantidade de creme dental, a odontopediatra Claudia diz que depende da idade.
O ideal é iniciar com uma pequena porção (correspondente a meio grão de arroz)
e aumentar aos poucos até a medida de um grão de ervilha, conforme o
crescimento da criança.
Outra
recomendação para habituar as crianças à limpeza dos dentes é o próprio exemplo
dos pais. Ao participarem juntos da escovação dos pequenos, os responsáveis
mostram que a escovação faz parte dos hábitos diários.
Durante a
higienização, brincadeiras lúdicas como músicas, livros e fazer interação com
personagens que a criança goste também podem tornar a escovação mais agradável.
Deixar a criança escolher a cor ou o personagem da escova dental facilita a
familiarização com o objeto que será usado diariamente.
Orientação
para os pais
A
odontopediatra afirma que os pais devem ser orientados a realizar a escovação
dos filhos desde o aparecimento do primeiro “dente de leite”. Nessa fase, a
recomendação é que os adultos tenham total responsabilidade pela higiene da
criança. A partir dos três até os cinco anos de idade a criança pode iniciar a
escovação sozinha, mas sempre sob a supervisão dos pais.
“A
habilidade manual das crianças para a adequada escovação é adquirida aos
poucos, por isso, é recomendado que os responsáveis acompanhem a higiene bucal
até os nove anos de idade”, explica ela.
Os
cuidados com a saúde bucal não devem ser deixados de lado durante o período em
que a criança está na escola. Também cabe à instituição incentivar as crianças
a fazerem a higiene. Para promover as boas práticas, o colégio pode oferecer
oficinas e aulas que abordam o tema, além de estabelecer um horário para
escovação conjunta como efeito motivacional para os pequenos.
Visita ao
odontopediatra
Para
combater qualquer tipo de medo que a criança tenha de ir ao(a) cirurgião(ã) -
dentista, toda a equipe do consultório odontológico deve ser treinada para dar
boas-vindas aos pais e à criança.
Para
tanto, a recomendação é de que o ambiente seja amigável para facilitar a
adaptação do comportamento e transmitir segurança, tornando a visita agradável.
“Durante a consulta, o profissional poderá utilizar, por exemplo, a técnica de
‘dizer, mostrar e fazer’, para assim, a criança se habituar às consultas
odontológicas”, indica Claudia Cinelli.
É
essencial que o odontopediatra tenha compreensão do desenvolvimento cognitivo
da criança e faça uso do vocabulário apropriado de acordo com o nível de compreensão.
Também é importante que o profissional conheça as capacidades físicas e motoras
do seu paciente, pois assim estabelecerá um elo de confiança, entendendo seus
medos, anseios e dificuldades.
Orientações
A
odontopediatra e membro da Câmara Técnica do CROSP, Claudia
Cinelli, destaca alguns cuidados essenciais para os pais sempre estarem
atentos:
- A boca
é a porta de entrada de várias bactérias e, por isso, é preciso manter os
dentes sempre limpos para que elas não se multipliquem e causem danos aos
dentes e tecidos adjacentes.
- Os
doces, sob qualquer forma, são os grandes vilões da boca. Eles têm açúcar e são
encontrados em refrigerantes, bolos, balas, chicletes, bolachas, biscoitos,
achocolatados, leite de soja, sucos artificiais, entre outros. De acordo com a
Associação Brasileira de Odontopediatria (ABOPED), a orientação de ingestão de
açúcar deve ser feita somente após os dois anos de idade e no máximo duas
vezes ao dia.
- O
núcleo familiar deve estar envolvido com as estratégias de prevenção, que
incluem a alimentação adequada e escovação/higiene oral correta.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
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