Especialista
afirma que há medidas para evitar a recorrência dessas tragédias
O professor de engenharia de solos e especialista em barragens da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Paulo Afonso Luz, explica que, em termos de Geotécnica, é possível estudar esses locais e evitar que eles escorreguem. "A primeira providência é monitorar as encostas através da instalação de vários instrumentos, como se faz nas barragens. São medidores de deslocamentos (marcos topográficos superficiais), medidores de pressão da água dentro da encosta (piezômetros) e medidores da posição do lençol freático (nível da água dentro do solo da encosta). Essas, dentre outras ações, podem ser efetivas para evitar que essas tragédias aconteçam todos os anos", aponta o professor.
Não é difícil prever esses eventos, uma vez que eles acontecem, sobretudo, no final do período chuvoso, quando o solo da encosta já está saturado (encharcado). "Os deslizamentos de solo ocorrem quando há o contato entre o material mais fraco com o mais resistente (rocha), geralmente em encostas muito inclinadas. Às vezes uma pequena chuva é suficiente para disparar (deflagrar) o escorregamento, exatamente o que aconteceu nas barragens de Mariana e Brumadinho e, agora, mais uma vez na cidade do Rio de Janeiro", alerta o especialista.
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