Como reeducar a sua mente para
fugir dos alimentos ultraprocessados
Além de gerar a
obesidade, a má alimentação também pode ser um dos motivos do aumento da
incidência do câncer; a especialista em obesidade Gladia Bernardi lista formas de equilibrar o pensamento para aderir a
um cardápio mais saudável
Créditos: Envato
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A
obesidade ainda é uma das doenças mais comuns no Brasil. De acordo com dados do
Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas estão acima do peso. A principal
causa que tem levado as pessoas a engordarem é a má alimentação, que inclui o
consumo excessivo de açúcar e, principalmente, a ingestão de alimentos
ultraprocessados. Por consequência disso, segundo uma pesquisa divulgada pelo
Portal da USP, esses alimentos aumentam as chances da formação de nódulos
malignos.
Para
a nutricionista e especialista em obesidade, Gladia Bernardi, autora do
best-seller Código Secreto do
Emagrecimento” (Ed. Gente), essa situação alarmante
acontece porque a grande maioria das pessoas não segue uma dieta equilibrada.
“Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por um processo que
adiciona uma alta quantidade de sal, açúcar, gorduras ou conservantes. Por
serem compostos por essas substâncias em grande quantidade, ingeri-los a longo
prazo trará, com certeza, problemas para a saúde do corpo”, explica Gladia.
Ainda
de acordo com a especialista, além da rotina corrida, que faz com que as
pessoas não prestem atenção no que comem, esse tipo de alimento é muito prático
e costuma apresentar um custo benefício mais baixo para os consumidores. “Eles
podem ser encontrados em forma de refrigerantes, doces, macarrão instantâneo,
chocolate, comida congelada, adoçantes, entre outros. Por isso, é sempre
importante evitar esses itens e, caso for consumi-lo esporadicamente, ficar
atento aos ingredientes no rótulo do alimento, optando pelos mais saudáveis”,
completa.
Saiba
como a mente pode interferir na má alimentação
Como
citado acima, por serem responsáveis pelo aumento do número do câncer nos
próximos anos, esses alimentos ultraprocessados não devem estar inseridos na
alimentação do dia a dia. “Em meu livro, eu explico que a grande causa da
obesidade é comermos por compulsão, e não por necessidade. Por isso, as famosas
“dietas” muitas vezes não dão certo, pois devemos ensinar a nossa mente que
comer nada mais é do que uma necessidade fisiológica. Devemos comer para saciar
a fome, e não usar os alimentos para ‘tapar’ vazios emocionais”, completa.
“Quando
passamos a comer por compulsão, significa que podemos apresentar algum trauma -
que chamo de gatilho - localizado no inconsciente, e que nos faz consumir alguns
alimentos de maneira descontrolada, mesmo sabendo que eles nos fazem mal,
aumentando o risco de doenças como o câncer”, salienta Gladia.
Como
alcançar equilíbrio
Para
a especialista, o recomendado é transformar a mente, dessa forma deixando a
compulsão por alimentos industrializados de lado e incluindo alimentos mais
naturais, sem muito açúcar, conservantes, sódio e outros itens. “Não é
necessário tirar esses alimentos de vez da alimentação, ninguém precisa viver
sem nunca consumir um único chocolate, por exemplo. O importante é saber dosar,
e não comer nada em excesso, principalmente os itens ultraprocessados. Podemos
substituir um atum em conserva, por exemplo, por um atum fresco”, exemplifica
ela.
Para finalizar, Gladia alerta que para
pessoas obesas, que não conseguem mudar o padrão de que a comida não deve ser
ingerida em excesso, é preciso treinar a mente constantemente e livrá-la dos
possíveis traumas, adotando uma rotina mais equilibrada e aumentando a saúde e
bem estar a longo prazo. “No meu livro, ensino um passo a passo para combater
os gatilhos mentais e, consequentemente, emagrecer, servindo também como
prevenção de doenças como o câncer”, finaliza.
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