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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Chegada do verão pede cuidados e repelente é forte aliado contra o mosquito Aedes Aegypti


No verão, alergia de pele não é a enfermidade mais preocupante. Doenças transmitidas pelos mosquitos Haemagogus, Sabethes e o Aedes Aegypti têm causado muitos problemas para a população brasileira.


A estação mais aguardada do ano chega no próximo dia 21 de dezembro e com ela vem os dias quentes e perfeitos para a praia, piscina ou passeios no parque. Mas também é nesta época do ano que aparecem a dengue, a zika, a febre amarela e a chikungunya, doenças transmitidas pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes (nas florestas) e o Aedes Aegypti (nas cidades). Das quatro enfermidades, apenas a febre amarela possui vacinação na rede pública.

Dados do Ministério da Saúde identificaram que entre 31 de dezembro de 2017 e 14 de julho de 2018, o Brasil teve 174 casos de dengue grave e 80 mortes confirmadas. O chikungunya teve 40.841 casos do vírus e matou 13 pessoas. Já o vírus da zika infectou 2.435 pessoas e matou duas. Ao todo, 95 brasileiros morreram neste período por terem sidos picados pelos mosquitos Haemagogus, Sabethes ou Aedes Aegypti.

De acordo com a dermatologista Simone Neri, devido ao clima quente, a alta umidade causada pelas chuvas de verão, o desmatamento de florestas, o descuido com rios, lixo e água parada, a propagação desses insetos é muito alta no verão e o uso do repelente pode ser um importante aliado na prevenção da dengue, da zika, da febre amarela e da chikungunya.

“Além de evitar água parada em vasos de plantas, pneus, ralos, calhas, baldes, tanques e caixas d’águas abertas, o uso dos repelentes à base de icaridina 3 (três) vezes ao dia pode evitar a picada dos mosquitos, que geralmente atacam mais nas primeiras horas da manhã e no final da tarde. Por isso, mantenha sempre as janelas e portas fechadas nesses períodos ou utilize mosquiteiros e telas. Nos berços e camas, instale o mosquiteiro e aplique repelentes em spray sobre eles para evitar de ser picado pelo inseto”, ensina a Dra. Simone.


Mas como usar o repelente e evitar os mosquitos?

- O repelente só deve ser usado na pele que estiver exposta, durante o dia e com no máximo 3 (três) aplicações; 

- Nunca passe por debaixo da roupa porque o repelente só funciona quando evapora e cria uma camada de proteção, o que não ocorre se for aplicado embaixo do tecido; 

- Não use à noite porque é ineficiente já que as pessoas se cobrem e a evaporação necessária para surtir o efeito desejado não acontece; 

- À noite o ideal é usar um repelente elétrico, a dois metros de distância de onde estiver dormindo;

- Use manga longa e calças compridas (dê preferência as roupas fluidas, peças muito coladas ao corpo permite a picada do inseto);

- Use roupas claras. As escuras atraem os mosquitos;
- Procure resfriar o ambiente com aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores. Ambientes frios espantam os mosquitos;

- Não use hidratantes e cosméticos com perfumes, esses produtos atraem o inseto;

- Se for usar um hidratante ou filtro solar, espere secar e aplique o repelente 15 minutos após o uso destes produtos. O repelente deve ser aplicado sempre por último;

- Procure sempre ter em casa os repelentes elétricos (aqueles que ligam na tomada). Eles liberam inseticidas úteis para reduzir a entrada dos mosquitos em casa. Coloque-os próximo às portas e janelas;

- Não use repelentes em crianças de até 6 meses porque pode causar intoxicação:

- Crianças entre 6 meses e dois anos podem usar os repelentes que contenham a substância IR3535 (Butilacetilaminopropionato de etila), segura para essa idade;

- Crianças a partir de 2 anos, gestantes e adultos podem usar repelentes a base de icaridina e podem reaplica-lo duas vezes ao dia (até 2 anos) e três vezes ao dia (a partir de 7 anos); 

- Não aplique o produto próximo nas mucosas (olhos, nariz, boca). Lave as mãos após o uso. 

- Não aplique nas mãos das crianças. Elas podem levar o produto à boca ou aos olhos.

- Não durma com repelente. Tome um banho para remover o produto antes de deitar; 

-  O descarte de lixo deve ser feito em locais corretos para impedir o acúmulo de água;

- Piscinas e aquários também devem ser limpos e tratados regularmente;

- Coloque tampa nos recipientes com água, areia nos vasos e pneus, tampe as caixas d’água e ralos, limpe as calhas.







Dra. Simone Neri - DERMATOLOGISTA - Possui 25 anos de formação em Clínica Médica e em Dermatologia. É graduada em Medicina pela Universidade de Santo Amaro UNISA, possui residência em Clínica Médica pela Universidade de Santo Amaro UNISA, residência em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro UNISA, é ex-preceptora do Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro UNISA, médica plantonista do Pronto Socorro do Hospital São Luiz, coordenadora médica do Pronto Socorro do Hospital São Luiz Anália Franco.  Participa ativamente de Congressos, tanto como ouvinte quanto como palestrante e destaca-se na área de Cosmiatria e Estética com expertise no manejo de Preenchedores, Toxinas e Lasers, sendo uma das poucas profissionais da área a dominar a técnica consagrada de MD Codes de harmonização facial. Na área de inovações em técnicas cirúrgicas, participou de um grupo de estudos no Instituto Butantã no tema Toxina Botulínica em Processos Inflamatórios do Couro Cabeludo, com apresentações em Congressos Nacionais e Internacionais. Já na área da Dermatologia Clínica investe exaustivamente em atualizações científicas, com tratamentos inovadores como os chamados Medicamentos Imunobiológicos em doenças crônicas como Psoríase e Hidrosadenite. Atualmente é dermatologista na clínica Medcin. CRM 80.919.


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