No verão, alergia
de pele não é a enfermidade mais preocupante. Doenças transmitidas pelos
mosquitos Haemagogus, Sabethes e o Aedes Aegypti têm causado muitos problemas
para a população brasileira.
A estação mais aguardada do ano chega no próximo
dia 21 de dezembro e com ela vem os dias quentes e perfeitos para a praia, piscina
ou passeios no parque. Mas também é nesta época do ano que aparecem a dengue, a
zika, a febre amarela e a chikungunya, doenças transmitidas pelos mosquitos
Haemagogus e Sabethes (nas florestas) e o Aedes Aegypti (nas cidades). Das
quatro enfermidades, apenas a febre amarela possui vacinação na rede pública.
Dados do
Ministério da Saúde identificaram que entre 31 de dezembro de 2017 e 14 de
julho de 2018, o Brasil teve 174 casos de dengue grave e 80 mortes confirmadas.
O chikungunya teve 40.841 casos do vírus e matou 13 pessoas. Já o vírus da zika
infectou 2.435 pessoas e matou duas. Ao todo, 95 brasileiros morreram neste
período por terem sidos picados pelos mosquitos Haemagogus, Sabethes ou Aedes Aegypti.
De acordo com a dermatologista Simone Neri, devido
ao clima quente, a alta umidade causada pelas chuvas de verão, o desmatamento
de florestas, o descuido com rios, lixo e água parada, a propagação desses
insetos é muito alta no verão e o uso do repelente pode ser um importante
aliado na prevenção da dengue, da zika, da febre amarela e da chikungunya.
“Além de evitar água parada em vasos de plantas,
pneus, ralos, calhas, baldes, tanques e caixas d’águas abertas, o uso dos
repelentes à base de icaridina 3 (três) vezes ao dia pode evitar a picada dos
mosquitos, que geralmente atacam mais nas primeiras horas da manhã e no final
da tarde. Por isso, mantenha sempre as janelas e portas fechadas nesses
períodos ou utilize mosquiteiros e telas. Nos berços e camas, instale o
mosquiteiro e aplique repelentes em spray sobre eles para evitar de ser picado
pelo inseto”, ensina a Dra. Simone.
Mas como usar o repelente e evitar os mosquitos?
- O repelente só deve ser usado na pele que estiver
exposta, durante o dia e com no máximo 3 (três) aplicações;
- Nunca passe por debaixo da roupa porque o
repelente só funciona quando evapora e cria uma camada de proteção, o que não
ocorre se for aplicado embaixo do tecido;
- Não use à noite porque é ineficiente já que as
pessoas se cobrem e a evaporação necessária para surtir o efeito desejado não
acontece;
- À noite o ideal é usar um repelente elétrico, a
dois metros de distância de onde estiver dormindo;
- Use manga longa e calças compridas (dê
preferência as roupas fluidas, peças muito coladas ao corpo permite a picada do
inseto);
- Use roupas claras. As escuras atraem os
mosquitos;
- Procure resfriar o ambiente com aparelhos de
ar-condicionado ou ventiladores. Ambientes frios espantam os mosquitos;
- Não use hidratantes e cosméticos com perfumes,
esses produtos atraem o inseto;
- Se for usar um hidratante ou filtro solar, espere
secar e aplique o repelente 15 minutos após o uso destes produtos. O repelente
deve ser aplicado sempre por último;
- Procure sempre ter em casa os repelentes
elétricos (aqueles que ligam na tomada). Eles liberam inseticidas úteis para
reduzir a entrada dos mosquitos em casa. Coloque-os próximo às portas e
janelas;
- Não use repelentes em crianças de até 6 meses
porque pode causar intoxicação:
- Crianças entre 6 meses e dois anos podem usar os repelentes
que contenham a substância IR3535 (Butilacetilaminopropionato de etila), segura
para essa idade;
- Crianças a partir de 2 anos, gestantes e adultos
podem usar repelentes a base de icaridina e podem reaplica-lo duas vezes ao dia
(até 2 anos) e três vezes ao dia (a partir de 7 anos);
- Não aplique o produto próximo nas mucosas (olhos,
nariz, boca). Lave as mãos após o uso.
- Não aplique nas mãos das crianças. Elas podem
levar o produto à boca ou aos olhos.
- Não durma com repelente. Tome um banho para
remover o produto antes de deitar;
- O descarte de lixo deve ser feito em locais
corretos para impedir o acúmulo de água;
- Piscinas e aquários também devem ser limpos e
tratados regularmente;
- Coloque tampa nos recipientes com água, areia nos
vasos e pneus, tampe as caixas d’água e ralos, limpe as calhas.
Dra.
Simone Neri - DERMATOLOGISTA - Possui 25 anos de formação em Clínica Médica e em
Dermatologia. É graduada em Medicina pela Universidade de Santo Amaro UNISA,
possui residência em Clínica Médica pela Universidade de Santo Amaro UNISA,
residência em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro UNISA, é
ex-preceptora do Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro UNISA, médica plantonista do Pronto Socorro do
Hospital São Luiz, coordenadora médica do Pronto Socorro do Hospital São Luiz
Anália Franco. Participa ativamente de Congressos, tanto como ouvinte
quanto como palestrante e destaca-se na área de Cosmiatria e Estética com
expertise no manejo de Preenchedores, Toxinas e Lasers, sendo uma das poucas
profissionais da área a dominar a técnica consagrada de MD Codes de
harmonização facial. Na área de inovações em técnicas cirúrgicas, participou de
um grupo de estudos no Instituto Butantã no tema Toxina Botulínica em Processos
Inflamatórios do Couro Cabeludo, com apresentações em Congressos Nacionais e
Internacionais. Já na área da Dermatologia Clínica investe exaustivamente em
atualizações científicas, com tratamentos inovadores como os chamados Medicamentos
Imunobiológicos em doenças crônicas como Psoríase e Hidrosadenite. Atualmente é
dermatologista na clínica Medcin. CRM 80.919.
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