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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A importância de respeitar as políticas da empresa para evitar demissão


Há empresas organizadas, outras nem tanto. Aquelas que se organizaram costumam ter por base normas escritas definidas pela sua história, sua vocação, sua posição no mercado e até mesmo por sua função social. Entretanto, aquelas que não se organizaram funcionam, em geral, fundamentadas em costumes, tradição e preceitos nem sempre comunicados aos empregados.

Do ponto de vista dos empregados, conhecer as regras de conduta da empresa, sejam formais ou informais, explícitas ou implícitas, é condição para manterem seus empregos. Por esse motivo, o ideal é que a empresa tenha claramente proferida qual é a sua política empresarial interna junto aos empregados. Estas diretrizes devem deixar evidente o conjunto de procedimentos, regulamentos, estratégias e definições que formam os alicerces daquela instituição. Estas informações servem de orientação para que os colaboradores assumam o comportamento que a empresa espera deles.

As normas empresariais devem ser claras, adequadas e favoráveis à corporação, pois definem a linguagem a ser usada, a atitude diante de situações adversas, as práticas estruturais do negócio, as condições de relacionamento com o público interno/externo e aos valores da empresa. Funciona como um código de conduta que deve ser respeitado. Esses códigos definem padrões. E o que as empresas esperam de seus empregados é que não rompam com seus padrões.

Dois casos recentes de comportamentos conflitantes com a cultura da empresa mostram os efeitos negativos desse contraste. Durante a Copa do Mundo, um dos brasileiros identificados no vídeo machista em que constrangia uma mulher russa trabalhava na empresa aérea LATAM e foi demitido por agir em desacordo com a política da companhia. O outro exemplo é do mundo da tecnologia. O CEO da Intel, Brian Krzanich, pediu demissão em junho após ter assumido um caso com uma funcionária, o que viola os termos da empresa. Além da demissão em si, o caso serviu também para reforçar que as regras valem para todos os funcionários de qualquer nível hierárquico.

A forma como as empresas lidam com funcionários que recebem presentes de fornecedores ou clientes também merece reflexões. Enquanto algumas instituições são bastante tolerantes em relação a esses procedimentos, outras chegam a considerar a prática como uma espécie dissimulada de suborno. É preciso consultar a política da empresa antes de aceitar qualquer “agrado” desse tipo.

Ao recém-contratado, que ainda não assimilou as informações necessárias para contribuir com relatos de qualquer fato, orientações ou postura de pessoas, recomenda-se que não tome qualquer atitude radical antes de compreender os motivos de algumas regras – sejam elas faladas ou não. Se a empresa tem uma política de não retaliação, aceitando que empregados dirijam críticas reais ou potenciais aos líderes ou à direção da empresa, tudo bem. Mas, no geral, a aceitação de críticas é bem baixa no ambiente empresarial e o não cumprimento desta política implicará medidas pesadas disciplinares, podendo chegar até a demissão por justa causa.

O bom senso deve sempre prevalecer, tanto em relação às regras quanto à dinâmica do trabalho. Em ambientes como hospitais, bibliotecas e escolas, que exigem silêncio para o bom andamento das atividades, sendo necessária a concentração de todos, falar muito alto ou ouvir música durante o trabalho pode atrapalhar. É preciso buscar equilíbrio nas tarefas do dia a dia para não importunar colegas e chefes ou invadir o espaço do outro.

Não se trata de renunciar aos próprios princípios, crenças e projetos, mas de adaptar as atitudes às expectativas da empresa. Afinal, trabalhar em uma determinada instituição é escolha sua. Os incomodados se mudam, os incomodadores são mudados. Pense nisso!






Norberto Chadad - Engenheiro Metalurgista pela Universidade Mackenzie, Mestre em Alumínio pela Escola Politécnica, Economista pela FGV, Master em Business Administration pela Los Angeles University, CEO da Thomas Case & Associados e Fit RH Consulting, e tem “Paixão por Pessoas”.



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