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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Cobertura mamográfica em SP é precária


Pesquisa revela que menos de 30% das mulheres do Estado na faixa etária indicada pelo governo realizou a mamografia


Mesmo sendo um dos estados mais atuantes do país quando se trata da realização de exames e tratamentos do câncer de mama, São Paulo amarga um baixo índice de rastreamento mamográfico. Os números mostram que os atendimentos às pacientes do Sistema Única de Saúde (SUS) ainda estão longe do aceitável. Estudo realizado por pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa constatou que a cobertura mamográfica em 2017 de mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos que residem no estado foi de 28,7%, ou seja, bem abaixo dos 70% recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Neste Outubro Rosa, a SBM faz o alerta sobre esse cenário na maior federação do país, alertando que a preocupação com o tema deve ser o ano todo.

De acordo com o presidente da SBM, Antônio Frasson o papel da SBM é ajudar na conscientização da mulher sobre a importância de se cuidar, disseminando informação qualificada. “Não podemos de forma alguma ignorar os altos índices de casos e óbitos por conta da doença. Isso é uma realidade que precisa ser considerada”, diz o presidente, acrescentando que nos dias 04 a 06 de outubro, mais de 1,5 mil mastologistas de todo o Brasil se reunirão em São Paulo na 14ª Jornada Paulista de Mastologia, justamente para discutir a evolução do tratamento do câncer de mama.

Lembra Frasson, que a maior dificuldade para conseguir realizar a mamografia e iniciar o tratamento quando existe uma queixa mamária ainda é a falta de acesso. “Se em São Paulo que é o estafo mais desenvolvido do país há essas dificuldades, o que podemos esperar de outras regiões mais pobres e longínquas desse país com dimensões continentais?”, indaga o presidente. Segundo Frasson, a preocupação constante com o desenvolvimento de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas infelizmente deixa de ser aplicada em nosso país pela falta de acesso e de recursos. A distância entre o conhecimento e a sua utilização para o bem de pacientes oncológicos é cada vez maior. “Trabalhamos em prol da população brasileira, especialmente as mulheres. Nosso objetivo é sempre oferecer o melhor atendimento, mas para isso elas precisam ter acesso. Se não estão tendo é preciso lutar por isso. Os direitos delas também são a nossa luta”, afirma o mastologista.

O enfoque deste evento será a personalização do tratamento do câncer de mama de acordo com as necessidades de cada paciente, adequando a tendência de reduzir a extensão do tratamento sempre que for possível, tanto do ponto de vista da cirurgia quanto da quimioterapia e radioterapia.




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