Fisiologista do HCor
orienta como estimular as crianças a praticarem esporte
Antes de iniciar
qualquer atividade física, as crianças devem passar por uma avaliação médica.
Na infância, fazer exercícios sem orientação de um profissional habilitado pode
desencadear distúrbios nos tendões, ossos ou músculos, influenciando no
crescimento e no desenvolvimento das crianças
Quem tem
criança dentro de casa sabe o quão desafiador é estimulá-las a praticar alguma
atividade física ou levá-las para um passeio. Boa parte das crianças pergunta:
“Mas tenho que largar o computador e o videogame?”. O sedentarismo e a
obesidade infantil já atingem cerca de 15% dos brasileirinhos entre cinco e
nove anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Condições consideradas um desafio mundial, devido às doenças a ela
associadas.
A
recomendação de praticar exercícios físicos e mudar os hábitos alimentares da
criançada são medidas fundamentais para combater esse mal. Geralmente, entre
oito e nove anos é a fase mais complexa do desenvolvimento infantil. Por isso,
as atividades físicas são muito bem-vindas, pois beneficiam a coordenação
motora, tonificam a musculatura, viabilizam o controle do nível de açúcar do
sangue, da pressão arterial, e o batimento cardíaco. O mais importante, nessa
fase, é gastar energia.
Mas quais
são, então, as atividades mais indicadas? “O esporte deve ser motivador,
divertido e construir habilidades. Os pais devem oferecer todas as condições
para que as crianças possam descobrir quais suas atividades favoritas, como
jogar no parque, andar de bicicleta, correr ou participar de alguma modalidade
esportiva com os colegas”, orienta Diego Leite de Barros, fisiologista do
esporte do HCor.
No
entanto, vale o alerta: antes de iniciar qualquer atividade física, as crianças
devem passar por uma avaliação médica. “Na infância, fazer exercícios sem
orientação de um profissional habilitado pode desencadear distúrbios nos
tendões, ossos ou músculos, influenciando no crescimento e no desenvolvimento
das crianças”, observa o fisiologista.
Tire as
crianças da sala!
O início
deve ser lúdico, sem competitividade. As modalidades esportivas,
preferencialmente aquelas mais livres, entram em cena a partir dos oito anos. O
objetivo é criar o hábito e o interesse da molecada, sem estressá-las.
“Atividades como pega-pega, brincar na piscina, pular corda, ou até mesmo uma
curta caminhada com os pais já são suficientes rumo a uma vida mais saudável”,
diz Leite de Barros. “Uma hora de atividades, diariamente, incluindo exercícios
recreativos que exercitem os músculos, mesmo para quem não tem muito espaço, é
o suficiente”, recomenda.
Confira
algumas dicas do fisiologista do HCor e saiba como trabalhar atividades físicas
e esportes no dia a dia das crianças.
Atividades
livres: até os cinco anos, as atividades devem ser mais livres e lúdicas.
Correr, pular corda, andar de bicicleta, por exemplo, podem ser inseridas como
simples brincadeiras. A natação pode ser indicada desde os primeiros meses de
vida.
Integração
social: a partir dos seis anos, a estruturação espacial e corporal da criança
já permite praticar atividades que exijam mais coordenação motora. Este,
segundo o fisiologista, é o momento ideal para iniciar competições de
diferentes atividades esportistas, que promovem a integração social, como
futebol, handball ou vôlei.
As velhas
brincadeiras: pega-pega, esconde-esconde, estátua, amarelinha, corrida dos
sacos são brincadeiras que nunca saem de moda e ainda estimulam os pequenos. “A
criançada ligada à tecnologia, pode nem conhecer as regras, mas logo vão se
divertir por estarem expostas a diferentes desafios, desenvolvendo equilíbrio,
flexibilidade e independência”, pontua o fisiologista do HCor.
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