Aumenta
número de mulheres se queixando do problema
A má
qualidade da vida sexual feminina nem sempre decorre de aspectos psicológicos,
pois pode estar associada a fatores eminentemente físicos como as dores
pélvicas durante as relações. O problema muitas vezes tem origem ginecológica,
abrangendo miomas e cistos nos ovários; infecção pélvica ou endometriose.
Mas pode também ser de fundo urinário, renal, intestinal ou até mesmo
ortopédico, em função de uma hérnia de disco, por exemplo.
Segundo
o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi, o diagnóstico quase sempre é trabalhoso,
por requerer a exclusão progressiva de várias possíveis causas. “Precisamos
fazer uma ampla investigação, muitas vezes envolvendo mais de uma
especialidade”, afirma o médico. Por isso, a conduta recomendada por ele
é procurar inicialmente o ginecologista para confirmar ou não a existência de
anomalias nesse campo específico e também de ordem urinária.
Igualmente
justifica o tratamento multidisciplinar de boa parte desses casos o fato de uma
dor em determinada região do corpo poder ser reflexo de outra, e nem sempre tão
próxima, circunstância que deve gerar o encaminhamento da paciente para a
devida área médica.
Embora
os avanços da medicina sejam o principal motivo da relativa facilidade com que
esse assunto já é resolvido hoje em dia, o Dr. Rossi considera a mudança
cultural da mulher igualmente importante nesse cenário, “pois ao invés de
omitir suas dificuldades e fazer do tema um tabu, ela o aborda no consultório
com frequência cada vez maior”, observa.
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