A felicidade de um animal é um dom que impõe obrigações
morais tão grandes quantas aquelas impostas pela amizade a um ser humano. Quem
mora em uma casa, então, tem ainda mais motivos para adotar um animal. Com certeza,
um animal fica muito mais feliz em contato com a natureza, desfrutando de uma
área verde. Afinal, a natureza também traz conforto biológico a eles. "Uma
casa iluminada, com uma decoração singela, quintal e plantas carinhosamente
cultivadas, somando a presença de um animal, se transformará num lar com muito
mais energia e vitalidade", afirma Vininha F. Carvalho, editora da Revista
Ecotour News (www.revistaecotour.tur.br).
Territórios estabelecidos, é a vez de preparar o local
para recebê-lo, observando detalhes importantes. Plantas tóxicas, como
espirradeira ou comigo-ninguém-pode, devem ser evitadas no jardim. Já dentro de
casa, manter a lixeira e materiais de limpeza longe dos animais. Animais novos
são muito curiosos, por isto, é importante mantê-los distantes da fiação
elétrica. Além disso, é preciso educá-lo para não destruir a casa na ausência
dos tutores.
Animais, em geral, são bons companheiros para idosos,
podendo até ajudá-los no combate a depressão. Cuidar da limpeza do animal e do
seu habitat, da sua alimentação, medicá-lo quando necessário, também favorece o
desenvolvimento do vínculo afetivo e a lidar com os mais diversos sentimentos,
da frustração à alegria e até à morte. É neste aspecto da vida e da morte que o
animal de estimação tem um papel muito importante, principalmente para as
crianças aprenderem a se relacionar com o sentimento de perda e da dor
interior.
Investir tempo e afeto na relação ajudará a evitar os
distúrbios de comportamento. "O espaço onde o animal permanecerá precisa
oferecer segurança, higiene e conforto. Se a vida do cão for sempre um eterno
competir com outros cães ou pessoas, como crianças da casa, seja por comida ou
atenção do tutor, isso poderá ocasionar um estresse. Cães mantidos na corrente
por longos períodos, longe do convívio com as pessoas, também sofrem
muito", enfatiza Vininha F. Carvalho.
O cão que não tem diversão ou fica muito tempo sozinho ou
dentro de um apartamento, necessita de uma atenção muito maior, pois terá
tendência a se entediar e desenvolver hábitos destrutivos, como roer móveis,
rasgar roupas ou brincar e comer as próprias fezes, como passatempo. Muitas
vezes o cão que vive em áreas restritas defeca próximo a sua "cama".
A ingestão de fezes pode tornar-se um desvio comportamental numa tentativa de
manter o local limpo. O cão não gosta de dormir perto de suas fezes, por isso é
necessário fazer uma higienização constante.
Existem animais, que além de ficarem a maior parte do
tempo dentro de um apartamento, quando saem as ruas para passear, os tutores
inibem até mesmo pequenas atitudes normais, como por exemplo, cheirar a cauda
de outros cães do mesmo porte, com receio que ocorra um incidente. Estas
atitudes podem ser muito prejudiciais para o equilíbrio emocional do animal,
ele ficará cada vez mais deprimido.
"Para garantir a qualidade de vida do animal o
ideal é proporcionar bastante exercício, e colocar à disposição brinquedos
diferentes, inclusive aqueles que estimulam o busca e traz. Os cães apreciam
interagir com os tutores e receber atenção. Mas mesmo assim para alguns cães
isso parece não serem suficiente, eles necessitam de correr, pular ou até mesmo
nadar. É. necessário descobrir as aptidões do animal para promover a interação
adequadamente, até porque, cada raça tem suas peculiaridades. O contato com a
natureza é muito importante para garantir o equilíbrio emocional,
independentemente de ter ou não raça definida", conclui Vininha F.
Carvalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário