Médicos do Graças dão dicas de saúde
para se adaptar ao novo
horário
Neste domingo (4), à meia noite,
inicia o horário de verão. Apesar desta alteração existir há anos, muitas
pessoas ainda têm dificuldades para se habituar à mudança, devido ao mal-estar
e desconforto causado pela alteração na rotina.
Por mais que o relógio seja adiantado
em apenas uma hora, o organismo sente a mudança e os principais sintomas são -
insônia, sonolência diurna, cansaço, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau
humor, ansiedade, alteração do apetite, diminuição na capacidade de
concentração e irritabilidade. Para aliviar estas alterações o médico
neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Cleverson de Macedo
Gracia, explica que cada pessoa possui um ciclo circadiano, que é o período de
24h, influenciado pela luz solar e agora é necessário construir outro hábito.
"Dormir cedo, praticar exercícios físicos, ingerir líquidos, cafeína, e
apostar no convívio social ajudam a resolver o problema", orienta o
médico.
Para o neurologista quem mais sofre
com as mudanças de horário são as crianças e os idosos, pois, são organismos
menos resistentes a variações do cotidiano. A boa notícia é que o mal-estar
passa rapidamente, em no máximo três dias. "Qualquer dificuldade para
administrar a rotina de descanso deve-se procurar um especialista", enfatiza
Dr. Cleverson.
Aproveitando o horário para iniciar uma atividade física
Para se manter longe do mal-estar,
provocado pela mudança de horário, muitas pessoas começam a praticar exercícios
físicos. Com os dias mais claros no final da tarde, há mais tempo para as
atividades. Mas, de acordo com o cardiologista do Hospital Nossa Senhora das
Graças, Alexandre Alessi é necessário procurar um médico para verificar as
condições físicas. "Algumas atividades exigem uma boa saúde e integridade
cardiovascular. Muitas pessoas podem ter alguma doença e não sabem, correndo o
risco de sofrerem complicações. Por isso, é prudente procurar um
especialista", alerta.
Durante a consulta médica será
analisado a história clínica do paciente e a realização de alguns exames, entre
eles: exame físico completo, eletrocardiograma, teste ergométrico e
ecocardiograma color dopller. "Após a constatação que está tudo bem com o
atleta de verão, ele deverá ter uma programação e um cronograma progressivo
para realizar atividades físicas", enfatiza o médico.
Porém, é necessário considerar sua
capacidade física e a modalidade de exercício que será realizada. "Uma
recomendação inicial seria de atividade aeróbica de 30 minutos diária para
começar, verificando sempre se há sintomas de cansaço. O uso de frequencímetros
ou monitores de frequência cardíaca pode ajudar", explica Dr. Alessi.
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