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quinta-feira, 9 de março de 2017

Profissionais da saúde têm dificuldades para tratar a obesidade, avalia especialista



Autossabotagem e zona de conforto acabam passando despercebidos durante a avaliação


O consumo de produtos emagrecedores costuma ser bastante estimulado no Brasil, inclusive por parte dos profissionais da saúde. Segundo dados da ONU, o Brasil é um dos países que mais consomem anfetaminas na América do Sul.
Desde 2011, a venda de medicamentos inibidores de apetite à base das substâncias femproporex, mazindol e anfepramona está proibida no país. 

Recentemente, a Anvisa suspendeu as vendas de fitoterápicos emagrecedores. 

Ainda assim, muitas pessoas recorrem a essas substâncias como modo de perder peso, com o aval de especialistas. No entanto, existem formas mais eficazes para promover o emagrecimento, e que não trazem tanto risco à saúde.

Segundo Gladia Bernardi, nutricionista e desenvolvedora do programa de coach Emagrecimento Consciente, muitas vezes um dos grandes “culpados” pelo ganho de peso do paciente é o próprio profissional que o atende. Ao longo de sua experiência, ela já observou transformações efetivas, assim como resultados inacabados, e notou algumas falhas que prejudicam a perda de peso eficiente.


Combate à autossabotagem

Fatores como autossabotagem e criação de uma zona de conforto são marcantes na realidade dos obesos, e essas questões precisam ser exploradas a fundo pelo profissional de emagrecimento, para que o tratamento tenha sucesso.

“Somente uma prescrição perfeita e a seleção de alimentação mais personalizada, por si sós, não garantirão que o cliente siga o tratamento e tenha resultados. Além disso, é necessário trabalhar na raiz do problema, lidando com questões mentais como a autossabotagem e a zona de conforto”, diz a especialista.

“Muitos pacientes dizem estar comprometidos com o processo, mas acabam se autossabotando ao adotar atitudes indesejadas e criando armadilhas para si mesmos, dessa forma comprometendo o cumprimento da meta desejada. Esse é um problema mais comum do que se imagina, e o profissional precisa estar atento a ele, dando apoio ao paciente para que não se torne mais uma “vítima”.
De acordo com Gladia, o mesmo acontece com a chamada “zona de conforto”. 

“Assim como acontece com qualquer pessoa em determinados momentos os obesos podem enfrentar essa dificuldade, que basicamente é a tendência em buscar o que é mais fácil, cômodo e conhecido, em que se sente “protegido”. Esse é outro aspecto que atrapalha o emagrecimento, e para o qual os profissionais devem dar atenção”. 


Firmeza e autoridade

A especialista defende ainda que os profissionais não devem assumir uma atitude “paternalista” em relação aos seus pacientes: “Se o cliente não criar uma nova realidade e um novo pensamento, dificilmente terá resultados duradouros.”

O ideal é que o paciente comece a sentir os resultados logo no início do tratamento, para que ele não desista e busque alternativas questionáveis. “O profissional deve atuar como um provocador junto ao paciente, questionando qual é o objetivo dele em buscar ajuda, o estilo de vida que quer ter dali para a frente, e sua disposição em trabalhar a mente para que mude”, explica Gladia. 

A partir destas respostas, o tratamento é colocado em outro patamar, como uma prioridade para o paciente, e com respeito à consultoria prestada pelo profissional. “Quando bons argumentos são apresentados ao paciente, transparecendo a real preocupação do profissional com relação à doença em questão, um voto de confiança é depositado neste projeto de vida, para que os resultados surjam rapidamente”, pontua a especialista. 


Fórmulas mágicas

É bastante comum ouvir de pessoas que desejam emagrecer que já “tentaram de tudo”, mas sem resultados. Mas o que será que elas realmente fizeram para emagrecer? Para Gladia, qualquer pessoa está apta a perder peso de forma eficiente e prática, exceto aquelas que sofrem de disfunções hormonais. “Será que fizeram mesmo de tudo sem ter o resultado esperado, ou adotaram estratégias equivocadas?”, questiona.

Segundo a especialista, o problema é que muitas pessoas criam “expectativas mágicas” ou buscam sempre aquele resultado que não é construído em uma base sólida. É o caso, por exemplo, do consumo de substâncias emagrecedoras. “Dessa forma, vivem no efeito sanfona ou na frustração constante, por não conseguirem alcançar o tão sonhado objetivo de se tornarem pessoas magras”.







Gladia Bernardi - Nutricionista e desenvolvedora do Método Coaching de Emagrecimento Consciente, baseado na neurociência, na programação neurolinguística e em coaching. Por meio de técnicas e ferramentas pioneiras, que dispensam dietas restritivas, prescrição de medicamentos ou mesmo intervenções cirúrgicas para emagrecimento, visa transformar profissionais da área da saúde, coaches e consultores independentes em especialistas em Emagrecimento Consciente junto a pacientes. Atualmente, já formou mais de mil profissionais e é responsável pelo evento“Por um mundo mais leve”, que defende que qualquer pessoa pode emagrecer se souber as causas mentais que levaram a obesidade e como criar sua nova realidade. Gladia, além de apoiar a causa, também tem inspirado profissionais a transformarem o “mundo mais leve”.




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