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quinta-feira, 9 de março de 2017

'Funcionários-polvo’: como os líderes podem lidar com colaboradores sobrecarregados pelo desemprego




Apenas no último trimestre de 2016, três milhões de brasileiros foram demitidos segundo o IBGE. Hoje, o desemprego no País já afeta 12 milhões de pessoas e, consequentemente, aflige também os funcionários que permanecem nas empresas, pois as demissões em massa não reduzem a quantidade de demandas das companhias e sobrecarregam os colaboradores remanescentes que se tornam ‘funcionários-polvo’ por acumularem as tarefas dos ex-colegas.

 O fenômeno influencia todo o organograma das empresas, inclusive os líderes, que precisam encontrar o tom adequado para lidarem com os subordinados em momentos de crise. De acordo com Paulo Aziz Nader, consultor em desenvolvimento organizacional da Leverage Coaching (www.leveragecoaching.com.br), os executivos devem ter a Inteligência Emocional desenvolvida para gerenciar corretamente o seu comportamento e o das equipes durante a alta demanda, o que reduz os riscos de decisões equivocadas e erros que podem prejudicar as organizações.

“Lidar com várias atividades ao mesmo tempo pode ser muito desgastante e esse desgaste pode não ser identificado, o que leva os funcionários a errarem sem notar”, detalha. Além disso, segundo o especialista a Inteligência Emocional possibilita também que o líder dose as demandas de acordo com a capacidade de cada colaborador, gerenciando as expectativas da equipe, criando assim, um ambiente de trabalho motivador mesmo durante a crise.

“Quanto mais desenvolvida for a Inteligência Emocional de um líder, maiores serão as suas chances de tomar decisões acertadas que contribuirão positivamente para os resultados da empresa. Afinal, a função primária dos gestores de qualquer organização é tomar decisões”, aponta o consultor. Diante de cenários desafiadores, essa função ganha ainda mais importância e pode fazer toda a diferença a longo e a médio prazo.


 Priorizar demandas impulsiona produtividade e as relações durante a crise

 Para Nader, é preciso ficar atento às tarefas desnecessárias ou o aumento indevido de atividades. Nesses momentos, os gestores também devem auxiliar as equipes a priorizar corretamente suas ações. “Para isso, é muito importante saber identificar suas próprias emoções, intenções e comportamentos. Além disso, é importante perceber e gerenciar as emoções coletivas que emergem na equipe, ajudando assim a manter um relacionamento eficiente e produtivo entre seus membros”, aconselha.

 Mas, será que a relação amistosa entre colaboradores e líderes pode ser mantida diante desse cenário? O consultor afirma que tudo depende de uma comunicação ainda mais eficiente entre ambos os lados. “É essencial que todos saibam ouvir, inclusive o que não está sendo falado, pois isso é essencial para que as relações permaneçam sólidas. A empatia eleva a confiança e o comprometimento do time e uma comunicação assertiva e segura colabora para uma boa relação intra-organizacional”, explica.

 Ele afirma ainda que a produtividade não deve ser deixada de lado durante o debate sobre os funcionários-polvo. “Aumentá-la não significa simplesmente executar mais tarefas - o mais importante é refletir como o processo pode ser otimizado. Trabalhar com mais assertividade é essencial para que a produtividade seja mantida, evitando tarefas desnecessárias. Porém, os momentos de descontração não devem ser esquecidos: são eles que recarregam as nossas baterias para mantermos a produtividade em alta”, finaliza.





Paulo Aziz Nader  - atua como consultor no setor de desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching criando programas de desenvolvimento executivo, de liderança e de gestão de talentos para empresas de diversos portes e segmentos. É também Coach profissional, certificado pelo Integral Coaching Canada™, pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pela International Coach Federation (ICF) da qual é membro afiliado. Bacharel em Administração de Empresas e gestão internacional de negócios pela ESPM e mestrando em desenvolvimento organizacional pelo INSEAD (Fontainebleau), tem em seu currículo passagens por empresas de grande porte como Microsoft e Facebook. Possui extensões em Leadership & Management pela Harvard University e em Change Management pelo MIT Sloan; é membro afiliado do Institute Of Professional Coaching (IOC), órgão afiliado à Harvard Medical School; e membro convidado da International Society for the Psychoanalytic Study of Organizations (ISPSO). Pode contribuir em pautas sobre liderança, governança, cultura organizacional, gestão de pessoas, inteligência emocional, desenvolvimento de liderança, gestão de mudança organizacional e planejamento de negócios familiares. www.leveragecoaching.com.br.




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