Projeto do Instituto Alana lista sugestões para
distanciar os pequenos de ações mercadológicas, camufladas de entretenimento,
no meio virtual
Pensando nisso e atrelado à campanha global da Consumers
International para o Dia do Consumidor, em 15 de março, que tem
como tema ‘Building
a Digital World Consumers can Trust’ (‘Construindo um mundo digital
em que os consumidores confiam’), o projeto Criança e Consumo, do Instituto
Alana, listou algumas dicas para ajudar mães, pais e responsáveis a lidar com
esses perigos online.
1-
Mediação do uso da internet
Estar presente e
orientar a navegação na web ajuda a garantir que a criança navegue em sites
seguros. Sugerir um limite de tempo para o uso da internet, deixar os
computadores em espaços de uso coletivo e evitar o uso de dispositivos móveis
sem acompanhamento, são algumas dicas. Vale lembrar que a Academia
Americana de Pediatria sugere que crianças com menos de dezoito
meses não sejam expostas a qualquer tipo de estímulo tecnológico.
2- Saiba
como as crianças usam a internet
Procure conhecer os
jogos e aplicativos que as crianças usam, saber que informações elas fornecem
para acessar ou jogar determinado conteúdo, e que tipos de prêmios estão
ganhando. Se o jogo não for adequado, sugira outro. Instalar um bloqueador de
publicidade ou utilizar o modo de navegação anônima em sites como o YouTube ou
em jogos, também previne que empresas monitorem as atividades das crianças e
evita que coletem informações sobre elas ou anunciem produtos nos sites
visitados.
3-
Explique a importância de não fornecer dados
Converse com as
crianças sobre a importância de sua privacidade. É possível ir além do ‘não
fale com estranhos’ e explicar que não é seguro falar ou compartilhar
informações com outras pessoas, pois, ao fornecer informações para jogar,
participar de uma promoção, baixar um aplicativo ou responder a um teste
online, elas podem entregar dados pessoais valiosos para essas empresas,
e revelar informações importantes sobre elas e suas famílias.
4- Canais
de youtubers mirins e redes sociais
Os canais dos youtubers
mirins são muito populares entre as crianças. Aproveitando-se da audiência,
empresas enviam ‘presentes’ aos administradores dos canais para que sejam
apresentados em seus vídeos. As marcas também estão nas redes sociais e, muitas
vezes, seus perfis estão repletos de vídeos, imagens, passatempos e posts
direcionados ao público infantil. O responsável deve ficar atento a esses
conteúdos e, no caso de uma publicidade, pode questionar as intenções da
empresa e, dependendo da idade da criança, conversar com ela a respeito,
contribuindo para a construção de uma visão crítica.
5- Legislação
Durante o tempo que passam
na internet, as crianças estão expostas a possíveis violações, como
a publicidade dirigida ao público infantil. Diante desse cenário e da
importância de atualizar a legislação vigente, que considera a publicidade
infantil ilegal, é importante que mães, pais e responsáveis saibam que tramita
na Câmara dos Deputados, desde maio de 2015, o Projeto
de Lei 1746/2015, que acrescenta um
capítulo ao Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) sobre a garantia do
direito de proteção dos dados das crianças e dos adolescentes na internet.
O PL reconhece a abusividade da publicidade voltada para o público
infantil e da coleta de informações não autorizadas para fins mercadológicos.
Criado em 2006, o Projeto Criança e
Consumo, do Instituto Alana, atua para divulgar e debater ideias sobre as
questões relacionadas à publicidade dirigida às crianças, assim como apontar
caminhos para minimizar e prevenir os malefícios decorrentes da comunicação
mercadológica.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne projetos na busca pela garantia de condições para a vivência da plena infância. Criado em 2002, o Instituto é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne projetos na busca pela garantia de condições para a vivência da plena infância. Criado em 2002, o Instituto é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.
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