Médica infectologista Anelise Pezzi Alves
destaca que a população precisa fazer uso dos métodos que impeçam a
contaminação pelo vírus causador da doença, o HIV
Nos últimos 30 anos, a AIDS deixou de ser uma doença fatal e passou a ser
tratável. Ainda assim, os casos de transmissão do vírus HIV, causador da Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida, seguem crescendo em todo o mundo. Anualmente,
cerca de 28 milhões de pessoas recebem o diagnóstico positivo para HIV no
planeta, sendo que, no Brasil, são registrados 40 mil novos casos por ano. Esta
situação preocupa a médica infectologista, sócia da Associação Médica do Rio
Grande do Sul (AMRIGS) e que atua no Hospital Conceição e no Posto de Saúde do
IAPI, em Porto Alegre, Anelise Pezzi Alves. Na avaliação da especialista a
prevenção segue sendo o meio mais eficaz de evitar a propagação do vírus que
causa a doença, mas é importante que a população tome consciência disso e faça
uso da camisinha em suas relações. Além disso, o uso de preservativo é
considerado o método mais eficaz para se prevenir contra outras doenças
sexualmente transmissíveis, como sífilis e alguns tipos de hepatites que podem
ser assintomáticas e evoluir para cronicidade. Convém ressaltar, ainda a
Gonorréia, que está demonstrando resistência aos antibióticos usuais. Portanto,
torna-se cada vez mais necessário e imprescindível o uso de preservativo.
- Os jovens estão iniciando sua vida sexual mais cedo, mas nem sempre contam com a devida orientação para evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Por isso, a faixa da população entre 16 e 24 anos representa o grupo com maior incidência dos casos de contaminação pelo HIV nos últimos anos. Entre os jovens de 20 a 24 anos, por exemplo, a taxa de HIV positivo subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos por 100 mil habitantes em 2015 - destaca.
Anelise Pezzi Alves ressalta que este crescimento pode ser explicado por fatores como os jovens não buscarem os serviços de saúde e, em muitas situações, negarem sua condição de soropositivo. Para a médica, é preciso inovar a comunicação com este tipo de público, falando seriamente do quanto a doença prejudica a vida de cada pessoa contaminada.
- Ainda que não seja mais totalmente fatal, que possa ser tratada com os medicamentos existentes, a AIDS é uma doença crônica que traz consequências danosas para o paciente. Como dezembro se caracteriza por ser o mês de Luta contra a AIDS, precisamos disseminar cada vez mais informações sobre suas causas e seus efeitos prejudiciais - lembra a especialista.
A médica aponta, também, como prevenção necessária o não compartilhamento de seringas e instrumentos cortantes, salientando que a sobrevida ao vírus obtida nas últimas décadas não pode servir de fator para que as pessoas deixem de se prevenir. Também é importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para fazerem os exames que detectam a doença.
- Quanto mais rápido fizermos o diagnóstico, mais cedo é possível iniciar o tratamento e evitar a mortalidade. É importante salientar que o tratamento aos soropositivos é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) e que as pessoas devem começar a se tratar o mais rápido possível, a fim de conviver com o vírus da melhor maneira possível - enfatiza Anelise Alves.
Os medicamentos antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus HIV no organismo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico são fundamentais para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem AIDS. Mas o tempo de sobrevida é indefinido e muda de pessoa para pessoa.
- Continuo afirmando que a prevenção é o melhor caminho. O tratamento, os medicamentos, eles estão à disposição da população. Mas é uma ação complexa que necessita de acompanhamento médico para avaliar como o organismo se adapta ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em acatar as recomendações médicas, pois nem sempre é fácil seguir em frente nessa hora. Então, não custa nada se proteger - finaliza a associada da AMRIGS.
- Os jovens estão iniciando sua vida sexual mais cedo, mas nem sempre contam com a devida orientação para evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Por isso, a faixa da população entre 16 e 24 anos representa o grupo com maior incidência dos casos de contaminação pelo HIV nos últimos anos. Entre os jovens de 20 a 24 anos, por exemplo, a taxa de HIV positivo subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos por 100 mil habitantes em 2015 - destaca.
Anelise Pezzi Alves ressalta que este crescimento pode ser explicado por fatores como os jovens não buscarem os serviços de saúde e, em muitas situações, negarem sua condição de soropositivo. Para a médica, é preciso inovar a comunicação com este tipo de público, falando seriamente do quanto a doença prejudica a vida de cada pessoa contaminada.
- Ainda que não seja mais totalmente fatal, que possa ser tratada com os medicamentos existentes, a AIDS é uma doença crônica que traz consequências danosas para o paciente. Como dezembro se caracteriza por ser o mês de Luta contra a AIDS, precisamos disseminar cada vez mais informações sobre suas causas e seus efeitos prejudiciais - lembra a especialista.
A médica aponta, também, como prevenção necessária o não compartilhamento de seringas e instrumentos cortantes, salientando que a sobrevida ao vírus obtida nas últimas décadas não pode servir de fator para que as pessoas deixem de se prevenir. Também é importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para fazerem os exames que detectam a doença.
- Quanto mais rápido fizermos o diagnóstico, mais cedo é possível iniciar o tratamento e evitar a mortalidade. É importante salientar que o tratamento aos soropositivos é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) e que as pessoas devem começar a se tratar o mais rápido possível, a fim de conviver com o vírus da melhor maneira possível - enfatiza Anelise Alves.
Os medicamentos antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus HIV no organismo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico são fundamentais para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem AIDS. Mas o tempo de sobrevida é indefinido e muda de pessoa para pessoa.
- Continuo afirmando que a prevenção é o melhor caminho. O tratamento, os medicamentos, eles estão à disposição da população. Mas é uma ação complexa que necessita de acompanhamento médico para avaliar como o organismo se adapta ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em acatar as recomendações médicas, pois nem sempre é fácil seguir em frente nessa hora. Então, não custa nada se proteger - finaliza a associada da AMRIGS.
A AMRIGS está engajada no mês de Luta contra a AIDS, dando continuidade
ao projeto "Saúde Preventiva: Pratique essa Ideia!", que busca
orientar a população sobre a necessidade de se prevenir e de buscar orientações
contra uma série de enfermidades. A ação está apoiada na educação e na
prevenção, com o objetivo de promover o conhecimento sobre a medicina
preventiva e levá-lo à sociedade gaúcha.
César Moraes
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