Levantamento
foi apresentado durante a 4ª edição do Fórum Fale Sem Medo
Estudo
revela que 6 em cada 10 homens acham que poderiam melhorar
sua postura em relação às mulheres
31%
dos homens dizem que
gostariam de não ser machistas, mas não sabem bem como agir
Pesquisa
“O papel do homem na desconstrução do machismo” ouviu 1.800 homens e mulheres presencialmente, em 70 municípios brasileiros
Segundo pesquisa do Instituto Avon em parceria com o
Instituto Locomotiva, 88%
das pessoas acreditam que existe desigualdade entre homens e
mulheres na sociedade, e 89%
concordam que as mulheres negras sofrem ainda mais preconceito
do que mulheres brancas. É o que mostra o estudo inédito “Instituto Avon / Locomotiva:
O papel do homem na
desconstrução do machismo”, apresentado hoje durante o 4º Fórum
Fale Sem Medo, em São Paulo. (Folder
Anexo).
“A pesquisa revela que a população
reconhece a desigualdade entre homens e mulheres, mas a maior parte rejeita
essas diferenças: 78%
concordam
que as mulheres devem conhecer seus direitos e serem incentivadas a lutar por
eles”, explica Daniela Grelin, gerente do Instituto Avon. O estudo
mostra que 67% das pessoas
concordam que homens e mulheres devem ser igualmente responsáveis pelos
cuidados com a casa e os filhos e 59%
concordam que todas as mulheres devem ser respeitadas, não
importando sua aparência e seu comportamento.
Porém,
na prática, a maioria ainda tolera costumes e situações de violência contra a
mulher: 78% não interferem
em briga de casal ou interferem apenas se houver algum tipo de violência
extrema, e 61% consideram
que a mulher que se deixou fotografar também tem culpa quando um homem
compartilha suas imagens íntimas sem autorização. Além disso, 27% acreditam que, em
alguns casos, a mulher também pode ter culpa por ter sido estuprada. “Isso mostra que ainda há um distanciamento
entre a percepção da desigualdade como algo negativo e a atitude prática para
enfrentá-la. Apesar de existir uma percepção clara em relação à desigualdade de
gênero, parte da população ainda defende costumes que sustentam essa
desigualdade”, explica Daniela Grelin.
O
machismo é percebido como algo negativo por 79% das pessoas. Apesar de 87% concordarem que ao
menos parte da população é machista, apenas 24% das pessoas se consideram machistas. “Os dados do estudo são preocupantes e
mostram que homens e mulheres reproduzem diversos valores machistas. As
pesquisas têm papel muito importante e indispensável no diagnóstico da dimensão
da situação, e, pautando o tema no debate público, servem de ferramenta para o
enfrentamento do problema”, explica Renato Meirelles, presidente do
Instituto Locomotiva.
A
pesquisa revela que 24%
dos homens não tem coragem de defender as mulheres no meio de
outros homens, e que 31% dizem
que gostariam de não ser machistas mas não sabem bem como agir.
Para
a maioria dos homens, ensinar os filhos a respeitar as mulheres é a principal
forma de contribuir contra o machismo. Apesar de 85% dos homens
concordarem que todo pai deve educar o filho para que ele seja menos machista, 43% afirmam que em um
grupo de homens no WhatsApp, pega mal reclamar porque o amigo compartilhou foto
de mulheres nuas e, para 35%,
cabe aos homens no máximo “ajudar” a mulher a cuidar da casa e
dos filhos.
Além
disso, para 48% dos homens
é desagradável ou humilhante o homem cuidar da casa enquanto a
mulher trabalha fora, e 47%
dos homens e 32%
das mulheres afirmam que não deixaria o filho brincar de boneca
de jeito nenhum, porque boneca é brinquedo de menina. Sobre as percepções em
relação ao feminismo, 20%
dos homens e 55%
das mulheres afirmam que se consideram feministas. Porém, 55% das pessoas dizem
que o feminismo é o contrário do machismo e 32% acreditam que o feminismo está
ultrapassado.
Segundo
a pesquisa, o principal caminho para uma mudança de atitudes é o diálogo: 34 % dos homens afirmam
que deixaram de praticar algum tipo de atitude violenta contra a mulher nos
últimos tempos. Para 54%, o
principal motivo para essa mudança foi ter uma conversa pessoal com pessoas
próximas, sendo que 35%
foram influenciados por algum amigo ou parente homem e 22% por mulheres. “Os
dados revelam que a conversa de homem para homem possui um alto poder
transformador. E os homens já perceberam isso, já que 81% concordam que devem
falar com outros homens sobre o que fazer para que as mulheres não sofram
preconceito”, explica Daniela Grelin.
A
etapa quantitativa da pesquisa Instituto
Avon / Locomotiva: O papel do homem na desconstrução do machismo
foi realizada presencialmente com 1.800
pessoas com mais de 16 anos, no período de 12 a 24 de outubro
de 2016, em 70 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de
2,4 p.p. para o total da amostra. Para a fase qualitativa, foram realizadas
seis entrevistas em profundidade com especialistas e grupos de discussão.
Participantes
da etapa qualitativa: Djamila Ribeiro – Pesquisadora e mestre em Filosofia
Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), blogueira e
secretária-adjunta de Direitos Humanos da cidade de São Paulo. Flávia Oliveira – Jornalista e comentarista na TV Globo
e GloboNews. Maria
Gabriela Manssur –
Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. Jacira Melo – Diretora-executiva do Instituto
Patrícia Galvão: mídia e direitos. Leandro Feitosa – Doutor em Psicologia Social, professor
da PUC-SP e FMU e coordenador do grupo reflexivo de gênero - Coletivo Feminista
Sexualidade e Saúde. Samira
Bueno –
Mestre e doutoranda em Administração Pública e Governo pela Escola de
Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e
diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Fale
Sem Medo: Não à Violência Contra a Mulher
O
Fórum Fale Sem Medo e a pesquisa “O papel do homem na desconstrução do
machismo” são projetos inseridos na campanha Fale sem Medo – Não à Violência Contra
a Mulher, coordenada pelo Instituto Avon. Desde 2008, a organização já investiu
R$ 20 milhões em 102 projetos e ações voltados para a educação, articulação,
apoio a projetos e engajamento da sociedade nesta causa, que já impactaram mais
de 1,5 milhão de pessoas em todo o país. Em 2015, o Instituto lançou de forma
pioneira com a Avon a ‘Linha 180’, uma linha de maquiagem invisível que não
maquia, mas, ao contrário, revela a dor e o sofrimento da mulher que sofre
violência doméstica. Ao propor o uso da ‘nova maquiagem’, a campanha impactou
milhares de mulheres para que usassem o serviço telefônico 180, da Secretaria
de Políticas para Mulheres (SPM), e recebessem orientações em situação de
violência. A campanha Fale Sem Medo, do Instituto Avon, soma-se à campanha
global Speak Out Against Domestic Violence coordenada pela Avon Foundation For
Women.
Sobre
as ações de responsabilidade social da Avon
A
Avon é uma empresa global líder em ações sociais com foco em causas que
interessam especialmente à mulher. As ações sociais da empresa são coordenadas
pela Avon Foundation For Women, maior entidade focada em causas voltadas para a
mulher ligada a uma corporação. Até 2015, foram doados mais de US$ 1 bilhão em
mais de 50 países para as causas que mais afetam a mulher. A ação de
responsabilidade social da empresa está concentrada na disseminação de
informações, na conscientização, no apoio a pesquisas sobre o câncer de mama e
na ampliação do atendimento a mulheres com esta doença, por meio da campanha Avon Breast Cancer Crusade
(no Brasil, Avon contra o
câncer de mama) e nos esforços para reduzir a violência contra a
mulher, por meio da campanha Speak
Out Against Domestic Violence (no Brasil, Fale sem Medo – não à violência contra a
mulher). Os folhetos de produtos Avon trazem itens criados
especialmente para arrecadar fundos para as causas. Além disso, a empresa
promove eventos com participação de milhares de pessoas em várias partes do
mundo para gerar fundos e promover a conscientização da sociedade, e distribui materiais
informativos divulgados pelos mais de 6 milhões de revendedores de produtos
Avon em todo o mundo. No Brasil, as ações sociais relacionadas ao combate ao
câncer de mama e à violência doméstica são coordenadas pelo Instituto Avon.
Desde 2003, a organização já investiu mais de R$ 122 milhões em 235 projetos e
ações relacionados a essas causas no Brasil. Siga o Instituto Avon: www.facebook.com/institutoavonoficial.
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