Educador financeiro
adianta previsões para o novo ano e ensina consumidores e empresas a
perpetuarem a saúde dos bolsos apenas com mudança de hábitos
Sim, as lojas estão cheias por todo o
Brasil desde que a primeira parcela do 13º salário foi paga, em 30 de novembro.
Há muita movimentação pelos centros comerciais, seja em bairros ou em
shoppings. E até para o educador financeiro esta é uma boa notícia. “‘A
população voltou a comprar’ é a manchete mais esperado do ano, afinal, quando o
consumo aumenta em uma ponta, o efeito é sentido nos outros setores também. Só
a percepção de que há dinheiro circulando impulsiona a economia”, resume Pedro
Braggio.
A fim de que mais notícias econômicas motivadoras continuem a ocorrer, Pedro já
adianta quais comportamentos financeiros estabelecer em 2017. “Este será o ano
do pague à vista. Para o consumidor, além dos descontos, a vantagem é realmente
comprar aquilo que se pode pagar. Para as empresas, que precisam de capital de
giro, esse hábito do cliente traz mais dinheiro para a operação, possibilitando
que adequem com mais precisão seus estoques e dependam menos de crédito. Bom
pra todo mundo”, defende.
Segundo o educador, o próximo ano também será dedicado a hábitos mais simples.
“Já há um movimento mundial chamado simplicidade voluntária, é um estilo de
vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com
‘o quanto mais melhor’, em termos de riqueza e de consumo. Independentemente da
razão, seja por espiritualidade, saúde, qualidade de vida, redução do stress,
preservação do meio ambiente, justiça social ou anticonsumismo, fica o convite
para que reflitamos sobre nossos hábitos, eu preciso de tanto assim? Será que
poderia me sentir pleno se comprasse menos?", propõe.
Para Pedro, a situação atual da economia é muito mais uma supervalorização da
demanda do que necessariamente uma queda na oferta. “Desde 2005, o crédito foi
disponibilizado para os consumidores de maneira quase libertina. Com dinheiro
na mão, as pessoas gastaram mais do que podiam. Atualmente temos 39% da
população inadimplente e 57% das famílias endividadas. Nessa realidade, poucos
conseguem comprar, porém a projeção comercial é traçada de um ano para o outro
sempre pensando em ajuste para mais. Então, a expectativa se infla, mas não se
concretiza, gerando o desajuste orçamentário para as pessoas e para as
empresas”, detalha.
Ainda sobre o próximo ano, Pedro arrisca dizer que terá uma pequena melhora.
“Tradicionalmente quando temos seguidamente anos de baixa na economia, como foi
em 2015 e 2016, o próximo período apresenta crescimento. De qualquer forma,
agora, vale muito mais a prudência coerente do que o otimismo irresponsável”,
aconselha.
Pedro Braggio
Nenhum comentário:
Postar um comentário