Pesquisar no Blog

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Em 2017, pague à vista e seja simples




Educador financeiro adianta previsões para o novo ano e ensina consumidores e empresas a perpetuarem a saúde dos bolsos apenas com mudança de hábitos



Sim, as lojas estão cheias por todo o Brasil desde que a primeira parcela do 13º salário foi paga, em 30 de novembro. Há muita movimentação pelos centros comerciais, seja em bairros ou em shoppings. E até para o educador financeiro esta é uma boa notícia. “‘A população voltou a comprar’ é a manchete mais esperado do ano, afinal, quando o consumo aumenta em uma ponta, o efeito é sentido nos outros setores também. Só a percepção de que há dinheiro circulando impulsiona a economia”, resume Pedro Braggio.

         A fim de que mais notícias econômicas motivadoras continuem a ocorrer, Pedro já adianta quais comportamentos financeiros estabelecer em 2017. “Este será o ano do pague à vista. Para o consumidor, além dos descontos, a vantagem é realmente comprar aquilo que se pode pagar. Para as empresas, que precisam de capital de giro, esse hábito do cliente traz mais dinheiro para a operação, possibilitando que adequem com mais precisão seus estoques e dependam menos de crédito. Bom pra todo mundo”, defende.

         Segundo o educador, o próximo ano também será dedicado a hábitos mais simples. “Já há um movimento mundial chamado simplicidade voluntária, é um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com ‘o quanto mais melhor’, em termos de riqueza e de consumo. Independentemente da razão, seja por espiritualidade, saúde, qualidade de vida, redução do stress, preservação do meio ambiente, justiça social ou anticonsumismo, fica o convite para que reflitamos sobre nossos hábitos, eu preciso de tanto assim? Será que poderia me sentir pleno se comprasse menos?", propõe.

         Para Pedro, a situação atual da economia é muito mais uma supervalorização da demanda do que necessariamente uma queda na oferta. “Desde 2005, o crédito foi disponibilizado para os consumidores de maneira quase libertina. Com dinheiro na mão, as pessoas gastaram mais do que podiam. Atualmente temos 39% da população inadimplente e 57% das famílias endividadas. Nessa realidade, poucos conseguem comprar, porém a projeção comercial é traçada de um ano para o outro sempre pensando em ajuste para mais. Então, a expectativa se infla, mas não se concretiza, gerando o desajuste orçamentário para as pessoas e para as empresas”, detalha.

         Ainda sobre o próximo ano, Pedro arrisca dizer que terá uma pequena melhora. “Tradicionalmente quando temos seguidamente anos de baixa na economia, como foi em 2015 e 2016, o próximo período apresenta crescimento. De qualquer forma, agora, vale muito mais a prudência coerente do que o otimismo irresponsável”, aconselha.  





Pedro Braggio



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados