Obsessão
por limpeza, medo de contaminação ou sujeira, fixação por organização,
pensamentos agressivos, indesejados e negativos. Assim é o transtorno
obsessivo-compulsivo, conhecido como TOC, um distúrbio psiquiátrico que se
caracteriza por pensamentos intrusivos e desagradáveis (obsessões) e por
rituais observáveis ou mentais (compulsões). É causado por uma
desregulação na comunicação entre algumas áreas cerebrais e
segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 2% da população sofre com
o problema e só no Brasil, são cerca de quatro milhões de pessoas.
“São
pensamentos que invadem a mente insistentemente, muitas vezes sem controle do
indivíduo, várias vezes ao dia e que chegam a atrapalhar a rotina social,
profissional e familiar da pessoa”, explica o psiquiatra e pesquisador do
hospital das Clínicas da USP, Dr. Diego Tavares que conta ainda que
pacientes com TOC possuem esse comportamento que pode agravar-se à medida em
que a doença evolui. Normalmente, os sintomas aparecem na idade jovem e
acometem homens e mulheres na mesma proporção. Por isso, o diagnóstico e o
tratamento precoces são muito importantes e essenciais para a recuperação.
“No TOC ocorre desregulação em vias neuronais controladas pela
serotonina. O problema não tenha cura, mas através de tratamento medicamentoso
e psicoterapia comportamental precoce é possível ter os sintomas
quase totalmente atenuados uma vida normal”, comenta o
médico.
Para
entender o TOC e diferenciar de uma mania Dr. Diego Tavares deixa algumas
importantes observações:
-
No TOC os rituais (observáveis ou mentais) deixam de ser saudáveis e passam a
ser uma obrigação constante em virtude da sensação mental de obrigação que o
TOC impõe;
-
No TOC as obsessões e compulsões são recorrentes, consomem tempo e causam
sofrimento à pessoa;
- No TOC, os medos, desconfortos, pensamentos
irracionais se repetem e são acompanhados de ansiedade e mal-estar.
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